Pandemia

Líder do Irã proíbe importação de vacinas americanas contra o coronavírus

O aiatolá Alí Khamenei também proibiu as vacinas contra a covid-19 fabricadas nos Estados Unidos

O líde supremo iraniano, o aiatolá Alí Khamenei, proibiu nesta sexta-feira (8) a importação de vacinas contra o coronavírus fabricadas nos Estados Unidos e Reino Unido, estimando que poderiam "contaminar" seu país.

"Está proibido importar vacinas produzidas nos Estados Unidos e no Reino Unido. Não podemos confiar neles. Não é impossível que queiram contaminar outras nações", disse Khamenei em sua conta do Twitter em inglês.

As principais vacinas já aprovadas nos países ocidentais, como Pfizer/BioNTech, Moderna e AstraZeneca/Oxford, foram fabricadas nos Estados Unidos e Europa. "Considerando nosa experiêncaia com o sangue francês contaminado com HIV, as vacinas francesas também não são dignas de confiança", acrescentou a mensagem do líder iraniano.

O Irã é o país do Oriente Médio mais afetado pela pandemia do coronavírus. O escândalo do sangue contaminado na França foi um grave caso de saúde que se prolongou durante as décdas 1980-1990. Centenas de pessoas do Irã foram contaminadas pelo vírus da aids na década de 1980 com lotes de transfusão sanguínea francesa.

"Se os americanos tivessem produzido uma vacina (segura), essa catástrofe relacionada ao coronavíurs não teria acontecido em seu país, onde cerca de 4.000 pessoas morreram em um dia", declarou o líder iraniano nesta sexta-feira em um discurso transmitido na televisão.