Chegadas de imigrantes ilegais na UE caíram 13% em 2020, diz Frontex

Essa redução se deve em grande parte ao "impacto das restrições relacionadas com a covid-19"

As chegadas ilegais detectadas nas fronteiras externas da UE diminuíram consideravelmente em 2020 em comparação com o ano anterior devido, em parte, às restrições relacionadas com a pandemia impostas em vários países, informou nesta sexta-feira (8) a Frontex - a Agênia Europeia de Vigilância de Fronteiras.

Segundo dados preliminares, o número de casos de cruzamento ilegal das fronteiras europeias "caiu 13% no ano passado, para cerca de 124.000". Essa redução se deve em grande parte ao "impacto das restrições relacionadas com a covid-19, implementadas por vários países", destaca o comunicado da Frontex, com sede em Varsóvia.

As chegadas através do Mediterrâneo oriental tiveram a maior redução, "de mais de três quartos, até chegar a cerca de 20.000", enquanto o número de travessias ilegais no Mediterrâneo ocidental diminuiu 29%, para cerca de 17.000.

No entanto, as Ilhas Canárias registraram um número recorde de chegadas em seu litoral em 2020, com um aumento significativo nos últimos quatro meses do ano.

No total, foram detectados mais de 22.600 travessias ilegais de fronteiras no lado ocidental, oito vezes o total do ano anterior, o que representa "o maior número desde que a Frontex começou a coletar esses dados em 2009", segundo o texto.