Saúde

Suécia adota nova lei para combater o novo coronavírus

O país de aproximadamente 10,3 milhões de habitantes registrou mais de 480.000 casos de coronavírus e 9.262 mortes

A Suécia, que até agora aplicava uma estratégia menos rígida do que outros países contra a covid-19, votou nesta sexta-feira (8) por ampla maioria uma lei que concede temporariamente ao governo novos poderes contra a epidemia, incluindo pela primeira vez a capacidade de fechar restaurantes e lojas.

Para enfrentar a segunda onda no país nórdico, agora um dos mais afetados da Europa, o Executivo apresentou este projeto de lei em dezembro e adiantou sua entrada em vigor para este domingo, inicialmente prevista para março.

O governo ainda não especificou como e quando prevê aplicar o texto, enquanto o número de mortes relacionadas à covid-19 alcança níveis próximos aos do início do ano. A nova lei permitirá ao poder Executivo promulgar medidas restritivas em áreas determinadas e impor multas e sanções caso sejam violadas, o que não aconteceu até agora.

Sendo assim, o governo poderá decidir fechar lojas, centros comerciais e transportes públicos, ou limitar o número de pessoas permitidas para reuniões em locais públicos específicos, em vez de recorrer a medidas gerais.

A lei, no entanto, não estabelece que a população fique confinada em casa. Respondendo por que esta lei não foi aprovada antes, a ministra da Saúde Lena Hallengren disse que "não era algo que achávamos necessário na primavera".

"Depois, tivemos um verão com uma baixa propagação da infecção e depois o trabalho começou no outono", disse ela à rede de televisão pública SVT, em meio a críticas ao governo pela sua estratégia controversa.

Ao contrário de outros lugares da Europa, a Suécia seguia até agora uma estratégia baseada nas recomendações, sem confinamento e praticamente sem medidas coercitivas. O país de aproximadamente 10,3 milhões de habitantes registrou mais de 480.000 casos de coronavírus e 9.262 mortes, segundo os últimos números de quinta-feira da Agência de Saúde Pública.