Pandemia

Vacina da AstraZeneca é recomendada para pessoas com menos de 65 anos

A informação foi dada pela comissão de vacinação alemã

Correio Braziliense
postado em 28/01/2021 10:31 / atualizado em 28/01/2021 13:01
 (crédito: Tânia Rêgo/Agência Brasil)
(crédito: Tânia Rêgo/Agência Brasil)

A comissão de vacinação alemã afirmou, nesta quinta-feira (28), que recomenda a vacina contra a covid-19 do laboratório britânico AstraZeneca unicamente para pessoas com menos de 65 anos, em razão da falta de dados sobre sua eficácia em idosos.

"A vacina contra COVID-19 da AstraZeneca é atualmente recomendada apenas para pessoas com idade entre 18 e 64 anos", escreveu a Comissão de Vacinação (STIKO) em um documento consultado pela AFP.

Este parecer especifica que "os dados atualmente disponíveis são insuficientes para avaliar a eficácia das vacinas em pessoas com mais de 65 anos".

Fora esta exceção, a vacina AstraZeneca, desenvolvida em conjunto com a Universidade de Oxford, é considerada "tão adequada" para a proteção contra a covid-19 quanto aquelas desenvolvidas pelos laboratórios BioNTech/Pfizer e Moderna, que já foram aprovadas pela União Europeia.

A AstraZeneca e o primeiro-ministro britânico, Boris Johnson, reagiram à polêmica nesta quinta-feira e defenderam a eficácia da vacina.

Um porta-voz do laboratório ressaltou que os últimos dados dos testes clínicos "respaldam a eficácia no grupo de idade de mais de 65 anos".

"Nossas próprias autoridades deixaram muito claro que acham que a vacina de Oxford/AstraZeneca dá um alto grau de proteção", disse Boris Johnson à imprensa.

As informações sobre a vacina britânica devem ser examinadas nesta sexta-feira pelo órgão regulador europeu, que deve autorizá-la. Cada Estado-membro fica livre para emitir suas recomendações sobre o uso da vacina.

A STIKO é responsável pela gestão das campanhas de vacinação na Alemanha. Dois meios de comunicação alemães questionaram a eficácia da vacina AstraZeneca para pessoas com mais de 65 anos de idade.

Esses questionamentos foram rejeitadas pelo laboratório e pelo governo alemão, que afirmou que os veículos em questão haviam misturado os dados.

O CEO da AstraZeneca, Pascal Soriot, reconheceu, porém, que há "um volume limitado de dados sobre a população idosa" e considerou "possível" que alguns países prefiram não administrá-la a essa faixa da população por enquanto.

De acordo com a AstraZeneca, a vacina tem 70% de eficácia (contra 90% da Pfizer/BioNTech e Moderna), resultado validado pela revista científica The Lancet.

Há vários dias, o laboratório britânico tem sido alvo de indignação dos líderes europeus, devido aos atrasos nas entregas previstas para a UE.

Recentemente, a AstraZeneca anunciou que poderá entregar apenas "um quarto" das doses originalmente prometidas à UE no primeiro trimestre, devido a uma "queda de rendimento" em uma fábrica na Bélgica. O anúncio preocupou e revoltou os países da UE.

Com fábricas no Reino Unido e no continente europeu, a empresa afirma que as fábricas europeias estão com "problemas de desempenho" e que assinou o contrato com Londres três meses antes do contrato com a UE.

O grupo afirma que pode entregar 17 milhões de doses à UE no final de fevereiro. Estima que sua capacidade de produção atual é de 100 milhões de doses por mês.

Notícias pelo celular

Receba direto no celular as notícias mais recentes publicadas pelo Correio Braziliense. É de graça. Clique aqui e participe da comunidade do Correio, uma das inovações lançadas pelo WhatsApp.


Dê a sua opinião

O Correio tem um espaço na edição impressa para publicar a opinião dos leitores. As mensagens devem ter, no máximo, 10 linhas e incluir nome, endereço e telefone para o e-mail sredat.df@dabr.com.br.

Os comentários não representam a opinião do jornal e são de responsabilidade do autor. As mensagens estão sujeitas a moderação prévia antes da publicação