Pequim, Tóquio - Os especialistas da Organização Mundial da Saúde (OMS) que estão na China para investigar as origens do coronavírus devem poder fazer seu trabalho "sem interferência política", disseram autoridades chinesas nesta quinta-feira (28/1), em uma mensagem claramente dirigida ao governo dos Estados Unidos.
Os especialistas da OMS saíram hoje de sua quarentena em Wuhan, prontos para começar a investigação, um dia depois que a porta-voz da Casa Branca, Jen Psaki, disse que Washington avaliará "a credibilidade do relatório da investigação, uma vez que esteja concluído".
"É imperativo que cheguemos ao fundo da pandemia na China", disse Psaki.
O porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da China, Zhao Lijan, disse esperar que os Estados Unidos "respeitem os fatos, a ciência e o trabalho árduo dos especialistas da equipe da OMS".
Ele também rejeitou "preconceitos negativos" e "interferência política" no trabalho dos pesquisadores.
O ex-presidente dos Estados Unidos Donald Trump acusou a OMS de atuar sob as ordens de Pequim e retirou seu país da organização internacional.
Depois de estimar, inicialmente, que a covid-19 havia surgido no mercado de Wuhan, as autoridades chinesas agora sugerem uma possível importação da doença.
"Mais e mais estudos, incluindo os da OMS, mostram que rastrear a origem da covid-19 é um processo que continuará se estendendo para várias regiões [do mundo] e surtos epidêmicos", completou Zhao.
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