O governo argentino ordenou às companhias aéreas comerciais para reduzir a frequência dos voos de e para Brasil, México, Estados Unidos e Europa como medida sanitária contra a pandemia de covid-19, segundo um comunicado divulgado nesta quarta-feira (27).
De acordo com a Administração Nacional de Aviação Civil (ANAC), a diretiva foi tomada por iniciativa do Ministério da Saúde devido à situação epidemiológica.
Argentina, com 44 milhões de habitantes, registrou 10.409 novos casos de coronavírus e 219 mortes nas últimas 24 horas, o que leva o saldo total para quase 1,9 milhão de casos positivos e mais de 47.000 mortos.
"As companhias aéreas que operam de e para Estados Unidos, México e Europa deverão alterar suas programações regulares para reduzir em 30% os voos semanais de passageiros desses destinos", explicou a ANAC.
No caso das companhias que operam de e para o Brasil, deverão reduzir em 50% os voos semanais de passageiros, diz o texto.
Essa medida, em vigor a partir desta quarta-feira, começará a ser aplicada a partir de 1o de fevereiro por questões operacionais, segundo fontes governamentais citadas pela imprensa local.
As frequências já estavam reduzidas desde o ano passado devido a restrições de distintos países e à baixa demanda pela pandemia.
Desde dezembro, permanecem suspensos os voos de e para Itália, Dinamarca, Países Baixos, Austrália e Reino Unido como medida preventiva para frear os contágios.
A notificação da ANAC destaca que o governo argentino "realizará uma revisão periódica da situação epidemiológica para restabelecer a entrada (de passageiros) o mais breve possível".
Argentina iniciou em 19 de dezembro uma campanha de vacinação que alcançou nesta primeira etapa os profissionais de saúde com a aplicação de 600.000 doses da vacina Sputnik V, do laboratório russo Gamaleya.
Nos próximos dias, o país aguarda a chegada de um terceiro lote de vacinas da Rússia para iniciar uma segunda fase de vacinação que alcançará os adultos maiores de 60 anos.
O governo argentino afirmou que "tem mais de 51 milhões de doses garantidas" por contratos com a Rússia, a Universidade de Oxford e a farmacêutica Astrazeneca, Pfizer e com o mecanismo Covax da Organização Mundial da Saúde.
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