Israel extraditou nesta segunda-feira (25) para a Austrália Malka Leifer, uma ex-diretora de um colégio judeu ultra-ortodoxo acusada de abusar sexualmente de várias alunas no país, informou o Ministério da Justiça.
Um comunicado do ministério "confirmou a expulsão", depois que a mídia israelense informou que Leifer, uma israelense, embarcou em um avião para a Austrália esta manhã. De acordo com a mídia australiana, ela enfrenta 74 acusações de abuso sexual de meninas.
Sua extradição ocorre horas antes da suspensão dos voos internacionais de e para o aeroporto Ben-Gurion, em Tel Aviv, como parte de novas medidas de saúde destinadas a limitar a disseminação de variantes do coronavírus.
Leifer fugiu da Austrália em 2008 depois que uma ex-estudante registrou uma queixa contra ela. De acordo com a mídia israelense, ela vivia com sua família no assentamento israelense de Immanuel, no norte da Cisjordânia ocupada.
Ela foi presa em 2018. Israel autorizou sua extradição em meados de dezembro, depois que a Suprema Corte israelense rejeitou um recurso de Leifer, encerrando uma batalha legal de seis anos.
"Depois de muitos anos, após uma tentativa abjeta de se passar por doente mental e, à luz da decisão da Suprema Corte, é nosso dever moral permitir que ela seja processada", afirmou o então ministro da Justiça, Avi Nissenkorn. O caso causou tensões entre Israel e Austrália, dois países aliados.
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