O chefe do opositor Partido Trabalhista holandês (PvdA), Lodewijk Asscher, anunciou nesta quinta-feira (14) que renuncia devido a um escândalo da administração fiscal que também envolve o governo.
Segundo a imprensa holandesa, o governo de centro-direita do primeiro-ministro Mark Rutte deve decidir na sexta-feira se renuncia ou não devido ao escândalo dos subsídios familiares ("toeslagenaffaire" em holandês), no qual várias milhares de famílias foram acusadas injustificadamente de fraude entre 2013 e 2019, pelo menos.
Asscher, que foi ministro de Assuntos Sociais e do Emprego, e vice-primeiro-ministro entre 2012 e 2017, afirmou em um vídeo no Facebook que os "recentes debates sobre seu papel neste caso" não o permitem continuar com suas funções de chefe do PvdA, que exercia desde 2016.
No entanto, afirmou que ignorava que "as autoridades fiscais tenham se livrado de uma perseguição ilegal contra milhares de famílias".
Asscher disse também que se retira como chefe do PvdA --que não faz parte da coalizão governamental atual-- nas próximas legislativas previstas para 17 de março.
Segundo o relatório de uma comissão de investigação parlamentar publicado em dezembro, funcionários acabaram com os subsídios de milhares de famílias acusando-as injustificadamente de fraude, antes de obrigá-las a restituir de forma retroativa o dinheiro recebido durante vários anos, em alguns casos dezenas de milhares de euros.
Mark Rutte declarou na terça-feira que desejava que seu governo, com ou sem renúncia, possa continuar tomando decisiones sobre a gestão da crise de saúde até as eleições.
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