O Google deixou de oferecer a alguns usuários australianos o acesso a diversos sites de notícias do país, uma medida "experimental" segundo a plataforma, em um contexto de tensão entre as autoridades e os gigantes digitais para obrigá-los a remunerar os meios de comunicação.
A Austrália quer forçar o Google e o Facebook a pagar os editores pelo uso de seu conteúdo, sob pena de multas de até centenas de milhões de dólares.
Essa regulamentação, à qual os gigantes da Internet se opõem e que deve entrar em vigor ainda este ano, seria a primeira do mundo.
Ele se aplicará ao "feed de atualidade" do Facebook e nas pesquisas do Google, duas das empresas mais ricas e poderosas do mundo.
O Australian Financial Review revelou que o Google bloqueou, para um pequeno número de usuários que faziam buscas, o conteúdo de vários grandes sites australianos de mídia, como o jornal Guardian Australia e os do grupo News Corp.
Em seu lugar, os internautas foram encaminhados para links antigos, ou para conteúdo de outras páginas. Um porta-voz do Google informou que essa mudança, que terminará no final de fevereiro, faz parte de "dezenas de milhares de experimentos" realizados pela plataforma.
"Estamos conduzindo experimentos que afetam, cada um, 1% dos usuários do motor de busca na Austrália para medir a relação entre os grupos de imprensa e o Google Search", afirmou, em um comunicado.
Mergulhados em uma grave crise econômica devido à falta de receita de publicidade, os veículos de comunicação de todo mundo acompanham de perto a iniciativa australiana.
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