Esta reportagem foi atualizada em 11 de janeiro, às 18h30 (horário de Brasília)
Até agora diversos governos e entidades se organizaram para divulgar números de casos, hospitalizações e mortes por covid-19. No entanto, uma nova gama de dados começa a surgir: a de pessoas que já receberam algum tipo de vacina contra o coronavírus.
Países como Israel, Reino Unido, Estados Unidos, Dinamarca, Rússia, Alemanha, Canadá, China, Itália e Emirados Árabes Unidos largaram na frente na corrida para aprovar imunizantes e usá-los em suas populações. Esses países começaram a vacinar no final do ano passado.
No Brasil, a vacinação ainda não começou. Já existe um protocolo para aprovação emergencial de vacinas para covid-19, mas autoridades de vigilância sanitária ainda estão analisando dados enviados por laboratórios sobre segurança e eficácia dos imunizantes nos testes. Enquanto isso, o governo já anunciou a importação de doses, assim como a produção em laboratórios locais.
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Proporcionalmente, Israel lidera com folga na imunização contra a covid-19. Mais de 1,8 milhão de doses de vacina já foram administradas no país, que tem uma população de 8,9 milhões de habitantes.
A vacinação acontece poucos meses antes de uma eleição decisiva para o premiê Benjamin Netanyahu. Ele quer que Israel seja o primeiro país no mundo a vencer a pandemia, e chegou a dizer que isso seria possível já em fevereiro, com a vacinação em massa de sua população.
O país garantiu um contrato com a Pfizer logo no começo da pandemia, mas vem enfrentando desafios logísticos, já que o produto do laboratório exige armazenamento à temperatura de 70 graus negativos.
Apesar de estar em fase adiantada de vacinação, Israel enfrenta novo surto da doença, e implementou um novo confinamento na última quinta-feira (7/11), válido por duas semanas.
Os Emirados Árabes Unidos aparecem em segundo lugar na lista dos países com a taxa mais alta de vacinação, com 11 doses da vacina administradas para cada 100 pessoas. O país árabe tem uma população de quase 10 milhões de pessoas.
Os primeiros países com populações mais expressivas a aparecer no ranking são o Reino Unido e os EUA.
No Reino Unido, que já aprovou duas vacinas (da Oxford-AstraZeneca e da Pfizer), mais de 2,8 milhões de doses já foram administradas. Algumas pessoas do grupo considerado mais vulnerável já recebeu a segunda e última dose.
Recentemente, o governo britânico anunciou que vai atrasar a administração da segunda dose, para permitir que mais pessoas recebam a primeira. O intervalo entre as duas doses vai aumentar de três para 12 semanas.
A exemplo de Israel, o Reino Unido também enfrenta um novo surto da pandemia e anunciou duras medidas de lockdown no início de janeiro.
Os EUA não conseguiram atingir a meta anunciada de 20 milhões de doses administradas até o fim de 2020 — foram 2,78 milhões de vacinados até 30 de dezembro.
Até esta segunda-feira (11/1), 9 milhões de doses haviam sido administradas no país.
O infectologista Anthony Fauci, diretor do Instituto Nacional de Alergias e Doenças Infecciosas, disse não concordar com o plano britânico de atrasar a segunda dose da vacina. Segundo ele, os EUA não adotarão essa estratégia.
Fora do ranking, outro país anunciou recentemente um grande programa de vacinação contra o coronavírus. A Índia aprovou duas vacinas — uma de um laboratório local e outra da Oxford-AstraZeneca — e pretende imunizar 300 milhões de pessoas este ano. No entanto, o país é alvo de críticas por aprovar uma vacina que não teve seus testes de segurança e eficácia concluídos ainda.
Os países da União Europeia demoraram mais do que EUA e Reino Unido para aprovarem suas vacinas, já que a decisão passou por um órgão regulador do bloco. O Reino Unido aprovou sua primeira vacina três semanas antes da agência europeia.
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