Os deputados da oposição apresentaram nesta terça-feira (5) um projeto de lei para tornar obrigatória a vacinação contra o coronavírus no Chile e não voluntária como estabelecido até agora.
"Queremos que essa vacina seja incluída na lista de vacinas obrigatórias que já existem", afirmou o deputado Gabriel Silver, da oposição democrata-cristã, ao apresentar ao Congresso o projeto de lei que estabelece a obrigatoriedade da inoculação contra o coronavírus.
O Chile tem um robusto Programa de Vacinação, que permitiu, por exemplo, no ano passado vacinar 80% da população contra a gripe. Nele, existem vacinas obrigatórias, como a varíola.
"Diversos especialistas indicaram que, para atingir algum nível de segurança com relação a esta pandemia, é necessária imunidade de rebanho", o que seria alcançado vacinando pelo menos 80% da população, acrescentou o deputado Silver.
O governo chileno garante que poderá vacinar contra o coronavírus 15 dos 18 milhões de habitantes do país até o próximo dia 30 de junho, após a assinatura de uma série de acordos internacionais.
Em 24 de dezembro, o processo de vacinação começou no Chile com as primeiras 10.000 doses recebidas do laboratório Pzifer. Para os dias 23 e 24 de janeiro, está prevista a chegada ao país de uma primeira remessa da vacina Coronavac, da farmacêutica chinesa Sinovac Biotech, informou nesta terça-feira o ministro da Saúde, Enrique Paris.
Inicialmente, o programa de vacinação contempla a inoculação, de forma voluntária e gratuita, dos profissionais da saúde de linha de frente, para depois avançar para os grupos de maior risco. Até março, o programa prevê a vacinação de cinco milhões de pessoas.
Uma pesquisa feita em novembro pela consultoria Ipsos mostrou que 70% dos cidadãos estariam dispostos a se vacinar contra o coronavírus, que atingiu fortemente o Chile. Desde o primeiro caso notificado em 3 de março, o Chile acumula 623.101 casos e 16.788 falecimentos confirmados por covid-19, embora o número passe de 22.000 se considerados os casos prováveis.
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