Justiça

Líder de grupo de extrema direita dos EUA é preso por queima de bandeira

Enrique Tarrio, 36 anos, foi preso por queimar uma bandeira do movimento antirracista "Black Lives Matter", roubada de uma igreja durante protestos violentos

Agência France-Presse
postado em 05/01/2021 09:05 / atualizado em 05/01/2021 09:07
Enrique Tarrio, 36, foi levado sob custódia enquanto a capital dos EUA se prepara para manifestações contra a certificação de Joe Biden como o próximo presidente dos EUA nesta semana. -  (crédito: John Rudoff / AFP)
Enrique Tarrio, 36, foi levado sob custódia enquanto a capital dos EUA se prepara para manifestações contra a certificação de Joe Biden como o próximo presidente dos EUA nesta semana. - (crédito: John Rudoff / AFP)

O presidente do grupo de extrema direita americano "Proud Boys" foi preso na segunda-feira em Washington por queimar no mês passado uma bandeira do movimento antirracista "Black Lives Matter", roubada de uma igreja durante protestos violentos, informou a polícia.

Enrique Tarrio, 36 anos, foi preso enquanto a capital americana se preparava para as manifestações da semana em que o Congresso certificará a vitória eleitoral de Joe Biden.

Tarrio, que acabara de chegar à cidade vindo da Flórida, foi preso sob a acusação de destruir a propriedade da Igreja Metodista de Asbury, uma congregação majoritariamente negra onde ele teria queimado uma bandeira em 12 de dezembro. Ele também enfrenta acusações de porte de dois pentes de uma arma ilegal de alto calibre no momento de sua prisão, acrescentou a polícia.

Em um processo judicial paralelo divulgado na segunda-feira, Tarrio e outros membros do grupo foram indiciados pela igreja metropolitana AME, também composta principalmente por afro-americanos, por roubar e queimar uma bandeira durante protestos.

"A conduta dos Proud Boys em Washington em 12 de dezembro de 2020 é um novo capítulo perigoso na longa e terrível história de violência dos supremacistas brancos contra os templos negros", relatou a igreja em sua denúncia.

Nesta terça e quarta-feira, são esperados protestos de partidários do presidente Donald Trump, que apoiam sua afirmação infundada de que é, e não Joe Biden, o vencedor da eleição presidencial de 3 de novembro.

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