Pandemia

Governo francês é criticado devido a lentidão da campanha de vacinação

A França começou a vacinar em 27 de dezembro nas casas de repouso. Mas até 1 de janeiro apenas 516 pessoas haviam sido imunizadas, contra mais de 200 mil na Alemanha, no mesmo período, e quase um milhão no Reino Unido

Agência France-Presse
postado em 04/01/2021 09:56
 (crédito: Sameer Al-DOUMY / AFP)
(crédito: Sameer Al-DOUMY / AFP)

O governo francês enfrenta uma série de críticas pela lentidão da campanha de vacinação contra a covid-19 na comparação com outros países europeus.

"Estão zombando de nós. Hoje é mais complicado se vacinar do que comprar um carro", criticou Jean Rottner, presidente da região Grande Leste, uma das mais afetadas pela pandemia.

"Estamos diante de um escândalo de Estado", completou Rottner, membro do partido de oposição de direita Os Republicanos (LR). "As coisas devem acelerar", disse.

"Somos alvo de piada no mundo. Fracassaram nas máscaras, nos controles de fronteira (...) e vacinamos 450 pessoas em sete dias. É vergonhoso", disse o vice-presidente do partido de extrema-direita RN, Jordan Bardella.

A França começou a vacinar em 27 de dezembro nas casas de repouso. Mas até 1 de janeiro apenas 516 pessoas haviam sido imunizadas, contra mais de 200 mil na Alemanha, no mesmo período, e quase um milhão no Reino Unido.

Embora o governo tenha assumido até agora o início "prudente", o porta-voz do Executivo, Gabriel Attal, anunciou no domingo uma aceleração com a chegada semanal de vacinas e a transferência das doses para as casas de repouso.

Segundo a publicação 'Le Journal du Dimanche', o governo decidiu pisar no acelerador depois que o presidente Emmanuel Macron expressou a vários integrantes de seu gabinete o descontentamento com a lentidão da campanha.

Sobre a vacinação contra a covid-19 "estamos a um ritmo de passeio em família, o que não está à altura nem do momento nem dos franceses", indicou a publicação, que citou palavras de Macron pronunciadas em reuniões privadas.

"Estou em guerra pela manhã, ao meio-dia, à tarde e à noite", disse o presidente francês, que se recuperou recentemente da covid. "Espero o mesmo compromisso de todos. Isto não é suficiente. Deve mudar rápida e fortemente".

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