A guerra na Síria deixou mais de 6.800 mortos em 2020, incluindo cerca de 1.500 civis, o menor balanço anual desde o início do conflito, há mais de nove anos - afirmou a ONG Observatório Sírio para os Direitos Humanos (OSDH) nesta quinta-feira (31).
No ano passado, o conflito deixou mais de 10.000 mortos. O ano mais mortal foi 2014, com 76.000 mortes, de acordo com o OSDH.
Entre as vítimas contabilizadas em 2020, estão 1.528 civis, sendo 231 menores; 1.503 membros das forças do governo Bashar al-Assad; e mais de 1.000 combatentes sírios e estrangeiros pró-governo.
O OSDH também registrou a morte de 1.500 extremistas em 2020, incluindo 537 combatentes do grupo Estado Islâmico (EI), bem como 172 combatentes das Forças Democráticas Sírias (FDS), dominadas pelos curdos.
Este balanço não inclui as 88.000 pessoas que morreram nas prisões do regime de Damasco, a maioria delas torturadas, nem as milhares de pessoas desaparecidas nesta guerra, segundo o OSDH.
Desde 2011, a guerra na Síria deixou cerca de 387.000 mortos, incluindo 117.000 civis, ainda de acordo com o OSDH.
O governo Bashar al-Assad perdeu grande parte de seu território no início da guerra, mas, graças ao apoio de Rússia e Irã, conseguiu em três anos retomar o controle de 70% do país.
Além disso, a guerra forçou a fuga de metade da população existente em 2011. A ONU estima que houve 6,7 milhões de deslocados e 5,5 milhões de refugiados.