Naufrágio

Buscas prosseguem após naufrágio no Ártico russo, mas sem esperanças

Dezessete pescadores estão desaparecidos. Segundo o governo da Rússia, a embarcação emitiu pedidos de socorro antes de naufragar. Duas pessoas foram resgatadas

As operações de busca continuavam pelo ar e mar nesta terça-feira (29/12) para tentar encontrar 17 pescadores russos desaparecidos após um naufrágio no Ártico, apesar das poucas chances de localizá-los.

"Continuamos oficialmente a operação de busca", disse à AFP Alexei Kravshenko, porta-voz da Rosmorrechflot, a agência russa de transporte marítimo e fluvial.

Ele afirmou que dois barcos foram enviados para a área, assim como um avião de busca AN-74.

Um representante dos serviços de resgate, entrevistado pela agência de notícias TASS, disse sob anonimato que "não há quase nenhuma chance" de encontrar os corpos dos desaparecidos.

"Os barcos pesqueiros percorreram cerca de 500 km2. Não conseguiram nenhum resultado", acrescentou a fonte.

Outra fonte, também citada pela TASS, afirmou que os 17 marinheiros com certeza estão mortos porque não conseguiriam suportar mais de 30 minutos na água gelada.

Um representante dos serviços de resgate, citado pela agência Ria Novosti e também sob anonimato, indicou que os corpos se encontrariam a cerca de 130 metros de profundidade e que um aparelho de busca submarina chegaria em breve ao local.

O navio "Onega", com base em Múrmansk, um grande porto no Ártico russo, lançou sinais de socorro nas primeiras horas de segunda-feira antes de naufragar nas costas do arquipélago de Nova Zembla, no mar de Barents, onde estava pescando em meio a uma tempestade.

Dois marinheiros, de uma tripulação de 19, foram resgatados minutos após o naufrágio, entre fortes ventos e temperaturas abaixo dos -20ºC.

O barco, coberto de gelo, se afundou quando a tripulação levantou uma rede com uma pesca, segundo as autoridades.

Nesta terça-feira, a região de Murmansk declarou um dia de luto.

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