Um poderoso sismo de magnitude 6,4 foi registrado na Croácia nesta terça-feira (29/12) - informou o Serviço Geológico dos Estados Unidos (USGS), provocando o desabamento de prédios na cidade de Petrinja, no centro do país.
Com profundidade de 10 km, o tremor aconteceu em torno das 11h30 GMT (8h30 em Brasília).
Segundo o Centro Sismológico Euromediterrâneo, o sismo seria de magnitude 6,2 e foi sentido com força também na capital do país, Zagreb, onde moradores assustados saíram às ruas.
"Não sabemos se temos mortos, ou feridos", disse o prefeito de Petrinja, Darinko Dumbovic, à televisão regional N1.
"Há pânico geral, as pessoas estão procurando seus entes queridos", acrescentou.
Imagens da cidade, de cerca de 20 mil habitantes, mostravam o colapso de telhados e ruas com escombros.
O tremor se deu um dia após um sismo de menor magnitude em Petrinja que causou danos em edifícios. Os Bálcãs são uma zona de forte atividade sísmica, e esses fenômenos são frequentes.
A planta nuclear eslovena de Krsko foi fechada de forma preventiva, informou uma porta-voz desta central atômica.
"Posso confirmar o fechamento preventivo" da unidade, disse a porta-voz Ida Novak Jerele à AFP.
Segundo a agência de notícias STA, trata-se de um "procedimento normal em caso de fortes terremotos".
O terremoto foi sentido na capital, Liubliana, assim como em vários países da região, especialmente na Hungria e na Áustria, relataram testemunhas em depoimentos aos jornais.
Seu epicentro se situou a cerca de 50 km ao norte da capital croata, Zagreb, próximo da localidade de Petrinja.
Construído na época iugoslava e em funcionamento desde 1983, o reator do tipo Westinghouse de Krsko, de 700 megawatts de potência, é o único da Eslovênia. O país compartilha este sítio nuclear com a Croácia.
Chegou-se a programar o encerramento de sua atividade para 2023, após 40 anos de funcionamento. Em 2015, porém, Liubliana e Zagreb decidiram prolongar sua atividade por mais 20 anos, apesar dos protestos de várias ONGs.
A central cobre em torno de 20% das necessidades elétricas da Eslovênia, e 15%, no caso da Croácia.