Pandemia

Decola voo que levará vacinas Sputnik V contra a covid-19 para a Argentina

O objetivo da campanha de vacinação é "imunizar 10 milhões de pessoas" entre janeiro e fevereiro em um país de 44 milhões de habitantes

Um voo da companhia Aerolíneas Argentinas partiu nesta terça-feira (22) rumo à Rússia para levar em seu compartimento de carga 300.000 doses da vacina russa Sputnik V, em um momento em que o país registra 42.254 mortes e mais de 1,5 milhão de casos de covid-19.

"Decolagem histórica rumo à Rússia", informou a estatal nas redes sociais. O retorno está previsto "para 24 de dezembro", disse o presidente da companhia, Pablo Ceriani, durante coletiva de imprensa no aeroporto internacional de Ezeiza.

A missão coube a "um Airbus 330, com uma tripulaçao de 20 pessoas, entre elas 10 pilotos", que se revezarão a bordo, disse Ceriani.

A logística prevê a embalagem das vacinas em caixas térmicas, que mantêm a temperatura a 18 graus Celsius negativos, disse a secretaria de Acesso à Saúde, Carla Vizzotti.

O objetivo da campanha de vacinação é "imunizar 10 milhões de pessoas" entre janeiro e fevereiro em um país de 44 milhões de habitantes, disse o ministro da Saúde, Ginés González García.

O organismo de regulação de alimentos e medicamentos terá que aprovar antes a carga trazida de Moscou.

A vacina Sputnik V foi elaborada pelo Centro de Epidemiologia e Microbiologia Nikolai Gamaleya. O acordo global compreende o fornecimento de 25 milhões de doses.

A Argentina assinou, ainda, acordos de fornecimento de vacinas contra a Universidade de Oxford, associada à farmacêutica AstraZeneca, e com o mecanismo Covax, da Organização Mundial da Saúde (OMS), enquanto tenta outro entendimento com a firma Pfizer.

"Estivemos tentando conseguir todas as vacinas o quanto antes. Em março, teremos outras 20 milhões de doses da vacina de Oxford", disse o ministro de Ciência e Tecnologia, Roberto Salvarezza.

Diante do aparecimento de uma variante mais contagiosa do novo coronavírus, a Argentina acaba de suspender todos os voos de conexão com o Reino Unido, foco da nova cepa.

As autoridades emitiram alertas à população para que mantenha os cuidados sanitários durante as festas do Natal e do Ano Novo.

Uma medida nacional de distanciamento social obrigatório vigora desde 9 de novembro, quando cessou a fase de isolamento aplicada desde março.