Washington, EUA - O Congresso dos Estados Unidos chegou a um acordo neste sábado (19/12) à noite sobre o papel da Reserva Federal no apoio à economia durante a pandemia, informou o Wall Street Journal, abrindo o caminho para uma votação sobre um plano de US$ 900 bilhões em ajudas para os americanos.
O acordo manteria a capacidade do banco central de estabelecer programas de empréstimos de emergência sem a aprovação do Congresso, segundo o jornal. Mas o Fed precisaria de aprovação para reiniciar os programas existentes sob a Lei de Ajuda, Alívio e Segurança Econômica pelo Coronavírus (CARES, em suas siglas em inglês) promulgada em março, assim que expirar no fim deste ano.
Os republicanos tentavam limitar a capacidade do Fed de conceder crédito a empresas e outras instituições. Eles afirmam que os democratas estavam tentando usar a legislação para criar um "fundo para subornos" para os governos locais e estaduais que controlam.
Para os democratas, restringir os poderes do Fed poderia piorar a crise fiscal e dificultar a capacidade do novo governo Biden para estimular a economia americana em apuros.
A falta de acordo ameaçou com o fechamento temporário do governo, um cenário que não é inédito em uma Washington dividida, mas que este ano teria sido desastroso devido ao colapso da economia e aos números recorde de mortes diárias por covid-19.
Segundo o Wall Street Journal, o líder da minoria democrata no Senado, Chuck Schumer, disse que o Congresso poderia votar sobre a proposta neste domingo (20/12).
Por sua vez, um porta-voz do líder da maioria republicana do Senado, Mitch McConnell, afirmou ao jornal que os congressistas agora poderiam "começar a fechar o restante do pacote para fornecer o alívio que tanto necessitam as famílias, os trabalhadores e as empresas".
Antes de se informar sobre o acordo, o presidente Donald Trump tuitou: "Por que o Congresso não está dando ao nosso povo um projeto de lei de estímulo?".
Um plano de apoio às empresas em crise e aos desempregados é considerado fundamental para fortalecer a economia que sofreu a crise provocada pela pandemia.
Isso deve incluir medidas para a distribuição e logística das vacinas contra o coronavírus, assim como seguro-desemprego adicional de US$ 300 por semana, e cheques diretos às famílias de 600 dólares, metade do valor concedido em março sob a lei CARES.