Yves Michel Duroseau, diretor de Medicina de Emergência do Hospital Lenox Hill, em Nova York, foi o segundo cidadão dos Estados Unidos a receber, nesta segunda-feira (14/12), a vacina da Pfizer/BioNTech contra o Sars-CoV-2, o vírus causador da covid-19. Ele falou ao Correio, com exclusividade, por meio do WhatsApp;
Como se sente por ter sido escolhido para tomar a vacina contra a Sars-CoV-2 e qual o simbolismo deste momento?
Era importante que um médico se tornasse um modelo para a imunização, a fim de mostrar que a vacina era segura. Também sou um negro, haitiano-americano. Por isso, também era importante ser o "rosto" de comunidades que foram desproporcionalmente impactadas pela covid-19, para que elas não temam a vacinação.
O senhor está completamente confiante na eficácia da vacina?
Estou confiante na vacinação, com base na revisão que fiz da literatura médica. Mais de 21 mil pacientes receberam a vacina durante os testes clínicos, sem grandes complicações. Isso também deve ser equilibrado com o fato de que milhares de pessoas ainda morrem diariamente de covid-19 no mundo.
Este pode ser o início da cura da covid-19?
Creio que é o começo da erradicação em potencial do vírus. Mas isso va exigir que uma ampla porcentagem, 75% ou mais, da população mundial tome a vacina.
Como o senhor definiria esta doença?
O vírus causador da covid-19 é imprevisível. Felizmente, a maioria das pessoas fica bem, mas você nunca tem certeza do que ele fará a um indivíduo, mesmo que não seja de alto risco. (RC)