A África do Sul, o país mais afetado pela pandemia no continente africano, enfrenta agora a "segunda onda" de covid-19, anunciou nesta quarta-feira (9) o ministro da Saúde em um comunicado. "Esta noite, anunciamos que a África do Sul experimenta uma segunda onda", declarou Zweli Mkhize.
O ministro explicou que as autoridades sanitárias sul-africanas se baseiam em "critérios formulados por nossos cientistas e nossas equipes de modelização", e ressaltou que o país superou os 6.000 novos casos registrados em um dia, com 6.709 contágios detectados em 24 horas.
A maioria dos novos casos foi identificada na região do Cabo (sul) e no sudeste, acrescentou. Os testes positivos são 18%, "acima do limite desejável de 10%", destacou. E em algumas regiões esperam-se "cifras em alta rápida, com um pico mais importante do que na primeira onda", pontuou.
A primeira onda, que começou em março, alcançou seu pico em julho com 12.000 casos diários. Nos últimos dias, diz o ministro, o grupo das pessoas com idades entre 15 e 19 anos são as mais infectadas, por causa das festas de fim de ano sem medidas de proteção.
As infecções circulam rapidamente, pois os adolescentes "circulam muito e são assintomáticos", advertiu. Nas últimas 24 horas, o país registrou 135 óbitos, elevando o total de mortos desde o início da pandemia a 22.574.