Justiça

Homicídio de gêmeos rappers no Congo leva 14 réus à pena de morte

Os irmão foram queimados vivos no final de julho. Ao todo, 25 pessoas foram processadas neste caso, nove delas absolvidas por falta de provas

Quatorze pessoas foram condenadas à morte pelo assassinato de irmãos gêmeos rappers, queimados vivos no final de julho em uma localidade do sudoeste da República Democrática do Congo (RDC) - informou um advogado da parte civil nesta sexta-feira (4/12).

Os quatorze homens foram "condenados à morte ontem (quinta-feira) pelo assassinato" de Max Nsenga Ntumba e de Percé Muamba Ntumba, dois rappers de Kinshasa que se encontravam na província do Kongo Central, disse à AFP Trésor Lobo, um dos advogados da parte civil.

Na República Democrática do Congo, a pena de morte pode ser imposta, mas não é aplicada, sendo comutada por prisão perpétua desde 2003.

Ao todo, 25 pessoas foram processadas neste caso, nove delas absolvidas por falta de provas. Os juízes arquivaram o processo para outras duas.

Os irmãos gêmeos, de 28 anos, foram espancados até a morte e queimados vivos, após serem acusados de tentar roubar a motocicleta de um motorista que os transportava na noite de 30 para 31 de julho.

O evento causou polêmica em Kinshasa e no Kongo Central, uma região onde os dois irmãos rappers eram conhecidos.

Os gêmeos foram enterrados em uma vala comum e, depois, exumados e enterrados em um cemitério em Kinshasa.