Um tribunal de Nova York voltou a negar a liberdade sob fiança a Ghislaine Maxwell, acusada de tráfico sexual - informou a imprensa americana.
A socialite britânica negou, repetidamente, que tenha recrutado meninas menores de idade para seu ex-parceiro, o financista americano Jeffrey Epstein, que cometeu suicídio na prisão no ano passado.
A juíza do tribunal federal de Manhattan, Alison J. Nathan, observou na segunda-feira que Ghislaine, que está sob custódia desde sua prisão em 2 de julho, continua apresentando um risco extremo de fuga.
Os advogados de Maxwell procuraram garantir sua soltura com uma fiança de US$ 28,5 milhões, que a teria deixado confinada em sua casa sob um sistema de monitoramento eletrônico. Eles alegam que sua cliente tem laços estreitos com os Estados Unidos, assim como seu marido, com quem se casou em 2016.
Em uma carta ao tribunal - informou a rede ABC News -, o marido de Maxwell disse que "nunca" testemunhou "nada impróprio em Ghislaine". Pelo contrário, insistiu, a Ghislaine que conhece "é uma pessoa maravilhosa e amorosa".
A juíza considerou, no entanto, que "o tribunal conclui novamente que nenhuma condição de soltura pode garantir razoavelmente o comparecimento da acusada em procedimentos futuros".
Filha do falecido magnata de mídia Robert Maxwell, Ghislaine, de 58 anos, será julgada em Nova York em julho de 2021.
Os promotores também a acusam de mentir em seu depoimento de 2016, em um caso de difamação movido contra ela pela acusadora de Epstein, Virginia Giuffre.
A socialite pode ser condenada a uma pena de até 35 anos de prisão, se for considerada culpada no processo penal, que abrange supostos crimes de 1994 a 1997. Também é acusada de participar dos supostos abusos em algumas ocasiões.
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