As primeiras 10.000 doses da vacina contra o coronavírus dos laboratórios Pfizer/BioNTech chegaram nesta quinta-feira ao Chile, que ao lado do México e da Costa Rica iniciará nas próximas horas a vacinação dos profissionais de saúde.
Em meio a uma grande expectativa, as vacinas chegaram ao aeroporto de Santiago em um voo comercial da companhia LATAM que partiu da Bélgica, onde a vacina foi produzida, e depois de uma escala técnica em Miami.
A vacinação no Chile deve começar ainda nesta quinta-feira para os profissionais da saúde de três hospitais públicos de Santiago: Metropolitano, Posta Central e San José.
"O plano de vacinação começa hoje", afirmou o presidente Sebastián Piñera, que compareceu ao aeroporto para acompanhar a chegada do primeiro lote da vacina, que terá aplicação voluntária e gratuita no Chile, que tem população de 18 milhões de habitantes.
"É um momento de muita esperança, de muita emoção", completou o presidente, cujo governo iniciou em maio as negociações com diversos laboratórios para assegurar 30 milhões de doses de vacinas para o país.
Piñera disse que será vacinado quando chegar a sua vez.
As primeiras doses serão aplicadas em 100% dos profissionais que trabalham em Unidades de Tratamento Intensivo com pacientes em condições críticas nas regiões de La Araucanía, Biobío e Magallanes, sul do Chile, que atualmente acumulam o maior número de contágios.
Também incluirá um terço dos profissionais que trabalham no mesmo setor na Região Metropolitana, onde vive quase metade da população do país.
Posteriormente serão vacinados os demais profissionais da saúde, os idosos e pessoas com doenças crônicas, consideradas as que têm maior risco de contágio.
A última etapa do processo será a ampliação para a população geral do Chile, país com quase 600.000 contágios e mais de 16.000 mortes confirmadas, número que supera 21.000 quando são considerados os casos suspeitos.
O presidente Piñera anunciou que o Chile conseguiu assegurar o fornecimento de 30 milhões de doses da vacina Pfizer/BioNTech e a mesma quantidade da Sinovac. Mais 10 milhões foram comprometidas após acordos alcançados com os laboratórios AstraZeneca-Oxford, Janssen da Johnson & Johnson e a iniciativa global COVAX.
A intenção do governo é que a maior parte do grupo crítico de risco, composto por aproximadamente cinco milhões de pessoas, possa ser vacinada durante o primeiro trimestre de 2021, e que o conjunto da população alvo do país, equivalente a quase 15 milhões de pessoas, seja vacinado durante o primeiro semestre do próximo ano.
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