Navio fica à deriva por dois anos e é encontrado com mais de meia tonelada de cocaína

O navio de fibra de vidro de 18 pés foi encontrado naufragado no Atol de Ailuk com 649 quilos de cocaína lacrados em seu porão sob o convés, um atol remoto com cerca de 400 pessoas nas Ilhas Marshall

Agência France-Presse

postado em 17/12/2020 11:08 / atualizado em 17/12/2020 11:14

(crédito: DEPARTAMENTO DE POLÍCIA DE MARSHALL ISLANDS / AFP)

A polícia das Ilhas Marshall fez a maior apreensão de cocaína de sua história em um navio que encalhou em um atol sem ninguém a bordo, após ter ficado à deriva por um ou dois anos.

O procurador-geral Richard Hickson disse na quarta-feira que o barco de 5,5 metros foi descoberto na semana passada no Atol de Ailuk, no arquipélago do Pacífico.

Um total de 649 quilos de cocaína foram escondidos em um compartimento sob o convés.

Segundo o promotor, o navio provavelmente veio da América do Sul ou Central. "Pode ter ficado à deriva por um ou dois anos", disse ele.

A polícia disse que as drogas, que estavam em embalagens de um quilo marcadas com as letras "KW", foram queimadas na terça-feira, exceto por duas embalagens que serão enviadas à Agência Antidrogas dos Estados Unidos (DEA) para análise.

Polícia das Ilhas Marshall carrega uma caixa cheia de "tijolos" de cocaína para confisco e destruição. (foto: Giff JOHNSON / AFP)

É relativamente comum que detritos do outro lado do Pacífico cheguem às Ilhas Marshall. Carregamentos de drogas foram freqüentemente encontrados na costa, especialmente em Ailuk. Mas a descoberta da semana passada é muito importante.

O navio pode ter sido abandonado por seus marinheiros devido ao risco de ser detido, ou talvez eles tenham morrido em uma tempestade.

Em janeiro de 2014, um pescador salvadorenho, José Alvarenga, chegou às Ilhas Marshall mais de 13 meses depois que ele e outro pescador, falecido, zarparam para a costa oeste do México e seu barco ficou à deriva após sofrer danos em o motor.