Pandemia

Colômbia prorroga bloqueio de fronteiras terrestres e fluviais até 16 de janeiro

Segundo Espinosa, o governo decidiu prorrogar a medida para "prevenir e conter a disseminação" da covid-19

A Colômbia estendeu o fechamento de suas fronteiras terrestres e fluviais, em vigor desde março, até 16 de janeiro, na tentativa de conter a pandemia, informou a autoridade de imigração nesta segunda-feira (30).

A decisão exclui o tráfego marítimo, que será restaurado a partir da meia-noite desta segunda-feira, garantiu o diretor de Migração da Colômbia, Juan Francisco Espinosa, em vídeo.

O fechamento das passagens de fronteira terrestre e fluvial foi decretado no dia 16 de março, dez dias após a detecção do primeiro caso do vírus no país.

Segundo Espinosa, o governo decidiu prorrogar a medida para "prevenir e conter a disseminação" da covid-19.

"Estão isentos da proibição os casos considerados emergências humanitárias, assim como transporte de cargas e mercadorias, casos fortuitos e de força maior", explicou a entidade em nota.

"Pedimos à população que não exponha sua vida entrando no país de forma irregular", enfatizou Espinosa.

A Colômbia tem conexão terrestre com o Brasil, Equador, Panamá, Peru e Venezuela.

Desde março, cerca de 110.000 venezuelanos - de uma população de 1,7 milhão que vive na Colômbia - retornaram ao país após o agravamento da situação econômica, devido à emergência sanitária.

O governo colombiano espera que muitos dos que partiram retornem nas próximas semanas, dada a persistência da crise no país vizinho.

Sem relações diplomáticas desde fevereiro de 2019, Colômbia e Venezuela também são ligados por dezenas de travessias ilegais que recebem um fluxo migratório significativo, apesar da presença de contrabandistas e grupos armados.

Duramente atingida em sua economia, Bogotá relaxou em setembro o rígido confinamento que impôs em 25 de março, embora o vírus continue circulando. Em meados daquele mês, também retomou as viagens comerciais aéreas.

Com 1.308.376 infecções, a Colômbia é o terceiro país com mais casos de coronavírus na América Latina e Caribe e o quarto com maior número de mortes (36.584) na região.