Curtas 12

Estados Unidos
Trump insiste em não aceitar a derrota

Na primeira entrevista televisiva desde que perdeu a tentativa de reeleição, o presidente norte-americano, o republicano Donald Trump, indicou que não reconhecerá a derrota para o democrata Joe Biden nem abandonará a teoria de conspiração sobre fraude eleitoral. “Não me farão mudar de opinião. Minha opinião não mudará em seis meses”, disse Trump à emissora Fox News. “Esta eleição foi fraudada. Foi uma fraude total. Vencemos a eleição facilmente”, acrescentou, sem apresentar qualquer evidência disso. A entrevista durou 45 minutos e, em sua maior parte, foi um monólogo de afirmações sem provas. A apresentadora Maria Bartiromo não questionou o magnata sobre estas declarações. Também ontem, Anthony Fauci, infectologista e chefe da força-tarefa da Casa Branca na luta contra a covid-19, advertiu que os EUA registrarão uma explosão de casos da doença nas próximas semanas, em decorrência das reuniões no feriado de Ação de Graças.


Assassinato no IRÃ
Disparos por controle remoto

O cientista Mohsen Fakhrizadeh, pai do programa nuclear iraniano, foi morto na sexta-feira por disparos de uma arma acionada por meio de controle remoto, revelou a agência de notícias Fars News. Até então, acreditava-se que um comando de atiradores teria executado o físico, a cerca de 90km de Teerã. Mohsen e a esposa viajavam na carro, acompanhados de três escoltas de segurança. Na estrada, uma arma por controle remoto abriu fogo. O cientista parou o veículo, acreditando tratar-se de uma colisão com algum objeto. Quando desceu do carro, foi alvejado por uma metralhadora automática, posicionada sobre uma picape Nissan, que explodiu em seguida. Mohsen teria sido alvejado na medula. Segundo a agência de notícias, o dono da picape deixou o Irã em 29 de outubro. O atentado durou cerca de três minutos.


FRANÇA
Policiais vão ficar presos por agressão

Quatro policiais franceses compareceram à Justiça, ontem, acusados de terem espancado e insultado um produtor de música negro. A promotoria pediu que os agentes permaneçam detidos. A agressão revoltou a França e intensificou o debate sobre a controversa nova legislação de segurança. Dezenas de milhares de pessoas protestaram em todo o país, no sábado, contra um projeto de lei de segurança que restringiria o direito da imprensa de publicar os rostos dos polícias em serviço. Em Paris, a manifestação terminou com confrontos. O espancamento do produtor musical Michel Zecler, revelada em um vídeo publicado na semana passada, tem provocado intensas críticas à polícia na França, acusada de racismo institucionalizado e de marginalizar negros e árabes.