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Prazo dos EUA para venda do TikTok é prorrogado para 27 de novembro

O governo Trump afirmou que o aplicativo popular para compartilhar vídeos poderia ser usado para espionagem chinesa e ameaçou proibi-lo, a menos que seja vendido para investidores locais

As autoridades dos Estados Unidos deram à empresa chinesa proprietária do TikTok duas semanas a mais para vender a popular rede social devido às preocupações de segurança nacional mencionadas pelo governo Trump, segundo um documento judicial divulgado nesta sexta-feira (13).

O documento protocolado pela matriz do TikTok, ByteDance, perante um tribunal federal diz que as autoridades estenderam o prazo estabelecido, originalmente em 12 de novembro, para 27 de novembro.

O governo Trump afirmou que o aplicativo popular para compartilhar vídeos poderia ser usado para espionagem chinesa e ameaçou proibi-lo, a menos que seja vendido para investidores locais. A proibição, no entanto, foi recorrida.

O último pedido informava que o prazo estipulado pelo Comitê Intergovernamental de Investimentos Estrangeiros dos Estados Unidos foi prorrogado, sem maiores detalhes.

Na quinta-feira, o Departamento de Comércio disse que atrasaria a implementação da política de Trump para cumprir uma ordem judicial em favor de TikTok.

A administração Trump foi contestada por sua decisão em pelo menos dois tribunais dos Estados Unidos.

O TikTok e sua empresa controladora entraram com uma ação na capital, enquanto os "criadores" do aplicativo têm um processo paralelo pendente em um tribunal da Pensilvânia, que bloqueou a proibição em 30 de outubro.

Foi só nesta semana que as autoridades americanas disseram que não aplicariam a restrição ao mesmo tempo que o governo anunciou que iria recorrer da decisão da Pensilvânia.

Trump e seus assessores afirmaram que o TikTok - que tem cerca de 100 milhões de usuários nos Estados Unidos - pode ser usado para coletar dados sobre americanos para espionagem chinesa, uma afirmação negada pela empresa.

A Casa Branca disse que o TikTok deve se tornar uma empresa americana controlada por investidores americanos para evitar a proibição.

Mas qualquer plano provavelmente precisará da aprovação de Pequim, que se recusou a abrir mão do controle de sua estrela de mídia social.

O Ministério do Comércio da China publicou novas regras em agosto que adicionaram "uso civil" a uma lista dos tipos de tecnologia que são restritos para exportação, o que pode dificultar a venda do TikTok pela ByteDance, que apresenta vídeos diversos, desde danças a política.

Um acordo pareceu tomar forma no início deste ano, permitindo que a gigante do Vale do Silício Oracle fosse a parceira de dados para um TikTok recém-incorporado, com o Walmart ingressando como parceiro comercial.

Embora Trump tenha sinalizado sua aprovação para o plano, ele não foi finalizado e as perspectivas permanecem obscuras.