Curtas

Parabéns e bênçãos do papa
O papa Francisco conversou por telefone, ontem, com Joe Biden e desejou “bênçãos e parabéns” ao presidente eleito dos Estados Unidos por sua vitória. O ex-vice-presidente, de 77 anos, é o segundo católico eleito para a Presidência dos EUA depois de John F. Kennedy, em 1960. “O presidente eleito agradeceu à Sua Santidade por suas bênçãos e parabéns e destacou seu apreço pela liderança de Sua Santidade na promoção da paz, da reconciliação e dos laços comuns da humanidade em todo o mundo”, de acordo com a equipe de transição democrata. Biden “expressou o desejo de trabalharem juntos, com base na crença compartilhada na dignidade e na igualdade de toda a humanidade em questões, como a atenção aos marginalizados e pobres, a gestão da crise climática, e a integração de imigrantes
e refugiados nas nossas comunidades”. Em 2015, ambos encontraram-se na visita do papa aos Estados Unidos (foto).

Obama publica memórias
No livro de memórias intitulado Uma terra prometida, o ex-presidente Barack Obama (foto) destaca as divisões enfrentadas pelos Estados Unidos e alerta que a fratura não será corrigida apenas com a saída de Donald Trump da Casa Branca. Os primeiros trechos do livro de Obama foram publicados pela revista The Atlantic. O primeiro presidente negro da história dos EUA faz uma retrospectiva dos quatro anos desde sua saída do governo. “O mais preocupante sobre tudo isso pode ser que nossa democracia parece estar à beira da crise”, escreve o democrata de 59 anos. “Uma crise ancorada no enfrentamento fundamental entre duas visões opostas do que os Estados Unidos são e do que deveriam ser”, continua, ao denunciar o recente desrespeito às regras e garantias básicas que, por muito tempo, tanto democratas quanto republicanos “deram como certas”. A obra será lançada na terça-feira no Brasil pela editora Companhia das Letras.

Punição indireta à China
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, assinou um decreto que proibirá os americanos de investir em empresas chinesas que possam ajudar o aparato militar e de segurança de Pequim. A ordem executiva sustenta que o governo chinês obriga as empresas privadas a apoiar essas atividades e, por meio dos mercados de capitais, “explora os investidores dos Estados Unidos para financiar o desenvolvimento e a modernização de suas forças armadas”. A proibição entra em vigor em 11 de janeiro, poucos dias antes do fim do governo de Trump, e é a jogada mais recente nas relações cada vez mais tensas entre os EUA e a potência asiática. Investidores têm até 11 de novembro de 2021 para reverter quaisquer participações nas empresas banidas, de acordo com o decreto.

Críticas de Moscou
O chefe da diplomacia russa descreveu o sistema eleitoral americano como um dos mais “arcaicos” do mundo, depois de a vitória de Joe Biden ser contestada por Donald Trump. “Eles têm, sem dúvida, o sistema eleitoral mais arcaico existente entre os países mais importantes do mundo”, disse Serguei Lavrov (foto). O ministro das Relações Exteriores da Rússia criticou a natureza indireta da eleição do presidente, que é escolhido por delegados. Desenvolvido no século 18, esse sistema implica que o vencedor não é necessariamente aquele com mais votos em nível nacional, mas o que vence os principais estados com o maior número de eleitores.