O estado do Arizona se transformou momentaneamente, na noite de quarta-feira (4/11), num dos principais campos de batalha das eleições presidenciais americanas. Apoiadores do presidente Donald Trump se reuniram em frente ao prédio onde os votos do Condado de Maricopa são contabilizados. Eles exigiam acesso ao prédio para acompanhar a apuração.
O que motivou o movimento foi o fato de as projeções divulgadas pelos veículos de imprensa, com base em análises estatísticas cientificamente embasadas, divergirem sobre a votação no estado.
Enquanto veículos como a Fox News e a agência de notícias France Presse (esta última utilizada pelo site do Correio) bateram o martelo para a vitória de Joe Biden no Arizona, outros, como a CNN e o New York Times, afirmavam que ainda era cedo para cravar um vencedor na região. Mais tarde a France Presse recuou e marcou Arizona como indefinido (veja o placar em tempo real).
Como Maricopa é um tradicional reduto republicano no estado, eleitores do presidente Trump decidiram pressionar as autoridades, exigindo maior acesso aos dados. Até a última atualização desta matéria, o movimento era pacífico.
Assim, a depender de qual instituto se levasse em conta, Joe Biden teria 264 delegados garantidos (e estaria a seis delegados dos 270 necessários para a vitória) ou 253 (o que o deixaria a 17 delegados da Presidência). Em todas as contagens, Trump, no momento da última atualização desta matéria, tinha 213 delegados.
Arizona, Nevada e Geórgia
A grande esperança da campanha de Biden é que a vitória no Arizona (que garante nove delegados) seja confirmada e que ele leve também os seis delegados de Nevada, que prometeu divulgar o resultado no começo da tarde desta quinta-feira (5/11), pelo horário de Brasília.
Há ainda a possibilidade de o democrata conseguir uma virada na Geórgia (onde são 16 delegados), onde Trump lidera numa contagem acirrada e ainda indefinida. O resultado no estado é aguardado para qualquer momento.
Já a campanha de Trump afirma não ter jogado a toalha no Arizona e acredita na vitória em Geórgia. Uma vitória republicana nesses dois estados deixaria o presidente novamente fortalecido na disputa. Outra estratégia trumpista tem sido a de tentar impedir na Justiça a contabilização de votos enviados pelo correio (de maioria democrata) em estados onde o presidente corre o risco de perder.