São 24 mil votos em Michigan e 8 mil votos em Nevada. Essa vantagem mínima, considerando que cada estado ainda tem pouco mais de 500 mil votos a computar, cada, podem ser definitivas para que o democrata Joe Biden vença as eleições norte-americanas. Isso porque, confirmando a derrota na importantíssima Pensilvânia, que vale 20 delegados e atualmente dá margem de quase 700 mil votos a Trump, é apenas com esses dois estados, juntamente com Wisconsin, onde lidera por margem de 20 mil votos, e apenas 5% das urnas ainda a serem apuradas, que ele pode ser eleito presidente dos Estados Unidos (siga apuração em tempo real).
Os estados ainda em disputa são Pensilvânia (20), Geórgia (16), Michigan (16), Carolina do Norte (15), Wisconsin (10), Nevada (6) e Alaska (3). Mas apenas Wisconsin e Nevada vão se encaminhando para o adversário Joe Biden - este último, por menos de 8 mil votos e ainda há um terço dos votos para serem contados. Como ainda há 3 milhões de votos a serem computados na Pensilvânia - boa parte deles de voto antecipado pelos correios, cujos resultados só devem sair quando consolidados -, a situação ainda pode matematicamente mudar.
Michigan, Wisconsin e Pensilvânia tiveram os delegados direcionados para Trump em 2016, mesmo preferindo democratas nas três eleições anteriores. Dos 270 delegados necessários para ser declarado vencedor, Joe Biden já tem 238, contra 213 de Donald Trump. Com a vitória em Michigan, Wisconsin e Nevada, chegaria aos exatos 270 delegados que precisaria para vencer, contra 268 do opositor republicano, configurando uma das disputas mais apertadas da história (entenda o modelo das eleições americanas).
Caso os cenários não fiquem claros nesses três estados, tudo vai depender mesmo da Pensilvânia, cujo peso será definitivo e o vencedor pode demorar a ser anunciado, dada a massiva participação antecipada, com mais de 100 milhões de votos. Nesse momento, a vantagem numérica de de Joe Biden é de 2,3 milhões de votos, o que também pode indicar uma possível repetição do episódio de Hillary Clinton, em 2016, quando terminou na vantagem de votos, mas não de delegados, e foi derrotada por Donald Trump.