Como vinha fazendo ao longo da campanha, o presidente Donald Trump lançou dúvidas sobre a lisura do processo eleitoral. Em discurso na madrugada desta quarta-feira (4/11), em Washington D.C., o republicano falou em fraude nas eleições, sem apresentar provas, e disse que irá à Suprema Corte pedir que a contagem dos votos seja interrompida. Apesar disso, pelo tom da fala, ele não reivindicou a vitória no pleito — embora tenha dito crer nela.
"Tivemos uma noite tão maravilhosa. Mas o que aconteceu com a eleição? Tem alguma coisa errada. Sabe o que aconteceu? Eles sabiam que não poderiam ganhar, então disseram: 'vamos ao tribunal'", afirmou Trump, pouco antes de dizer, ele próprio, que iria à Suprema Corte.
"É uma fraude que está sendo imposta ao povo americano. Francamente, nós vencemos essa eleição. Nossa meta agora é garantir a integridade pelo bem dessa nação. Queremos que a lei seja usada de maneira apropriada. Queremos que toda a votação pare. Não queremos que encontrem votos às 4h para acrescentar à lista", emendou o magnata, referindo-se aos estados nos quais, por decisão prévia, os votos podem ser contados nos próximos dias — desde que tenham sido enviados até terça-feira (3/11).
O republicano citou diversos estados em que sua vitória já foi consolidada, como a Flórida e o Texas. Em relação àqueles em que ainda há disputa, Trump disse estar muito à frente. Na Pensilvânia, que deve ser decisiva, por exemplo, cravou: "Vai ser impossível que nos alcancem". "No que me diz respeito, já ganhamos", concluiu.
Redes sociais
Horas antes do discurso, o presidente já havia usado as redes sociais para questionar o processo eleitoral: "Nós estamos grandes, mas eles estão tentando roubar a eleição. Os votos não podem ser lançados após o encerramento das votações". O conteúdo chegou a ser sinalizado pelo Twitter como informação contestável ou incorreta.