Nice, França - O tunisiano que matou três pessoas em uma igreja na França na semana passada testou positivo para covid-19, o que pode pode atrasar ainda mais seu interrogatório, informou nesta terça-feira (3/11) uma fonte próxima à investigação.
Brahim Issaoui, de 21 anos, permanece hospitalizado. Ele recebeu vários tiros da polícia depois do ataque com faca na basílica de Notre-Dame de Nice na quinta-feira.
"Ainda não foi interrogado, o prognóstico permanece incerto", declarou outra fonte da investigação à AFP na segunda-feira.
Issaoui, que tinha antecedentes na polícia tunisiana por atos de violência e delitos relacionados com drogas, chegou a França no mês passado, depois de atravessar o Mediterrâneo com destino à ilha italiana de Lampedusa.
De acordo com a imprensa italiana, ele foi colocado em quarentena ao lado de outros 400 imigrantes a bordo de uma embarcação, antes de ser autorizado a desembarcar em Bari em 9 de outubro.
A investigação determinou que ele chegou a Nice em 27 de outubro, apenas dois dias antes do atentado à igreja.
O ataque com faca deixou três mortos, incluindo uma brasileira e o sacristão da basílica.
A polícia afirma que Issaoui gritou "Allahu Akbar" (Alá é grande) no momento da detenção.
Seis pessoas foram detidas nos primeiros dias da investigação para interrogatórios por supostos vínculos com Issaoui, mas apenas uma continua sob custódia, um tunisiano de 29 anos que estava a bordo da embarcação que levou Issaoui a Lampedusa, de acordo com fontes próximas à investigação.
Mas fontes judiciais informaram que outras quatro pessoas foram detidas nesta terça-feira, também para interrogatórios.
Os quatro homens foram detidos na região de Paris. Um deles, de 29 anos, teria mantido contato com Issaoui.
Os outros três, com idades entre 23 e 45 anos, estavam na residência do primeiro no momento da detenção.