Foi o jornal argentino Clarín o primeiro a dar ao mundo a notícia da morte do jogador Diego Maradona aos 60 anos, vítima de uma parada cardiorrespiratória. Algumas horas depois da objetiva frase “morreu Diego Maradona”, o jornal deu grande destaque à comoção causada pela partida precoce do ídolo, a última entrevista “me pergunto se as pessoas seguem me amando”, e o luto oficial de três dias decretado pelo presidente Alberto Fernandéz, que se disse “desolado”. Nas redes sociais, o assunto chegou a ficar entre os mais comentados do dia.
O também argentino La Nación destaca uma coluna intitulada “Maradona. Porque ele foi e é o número um, o melhor de todos os tempos”, em referência às comparações comumente feitas com o brasileiro Pelé, que acaba de completar 80 anos.
Enquanto isso, o francês Le Monde destaca um dos principais apelidos do futebolista: “Deus argentino da bola”, diz a manchete do jornal que anuncia a perda do astro.
Na Espanha, o fato também ganhou as manchetes. Enquanto o El País destacou que o camisa 10 era “considerado o maior jogador de futebol de todos os tempos”, o El Mundo traz uma fala de Pelé “Perdi um grande amigo” e uma coluna do jornalista David Gistau que fala sobre os problemas enfrentados por Maradona com drogas em oposição ao brilhantismo de sua vida em campo.
Ídolo do Napoli, a morte do jogador também comoveu os italianos. O Corriere della Sera traz uma despedida na manchete: “Tchau, Diego. Você é o Futebol” e ainda destaca uma coluna que diz “não é possível deixar você ir”. O La Repubblica desta que “o mundo chora o menino de ouro” e lembra que Maradona faleceu no mesmo dia em que Fidel Castro e o jogador norte-irladês George Best.
“Aceitar esta notícia significaria acreditar que o grande rebelde, o homem que soube inventar de novo um jogo que julgou completo, o vencedor na terra onde nunca venceu pode cair, é mortal, tem um corpo atormentado por uma vida tão intensa que vale dez ou cem para fechar os olhos e parar de respirar. Impossível”, diz a publicação do jornal italiano.
Na Inglaterra, país que viu Maradona ser o algoz de uma derrota de sua seleção na Copa de 1986, os jornais também destacaram o brilhantismo do astro. “Um gênio imperfeito do futebol”, diz a BBC. Enquanto isso o The Guardian destacou a trajetória do ídolo “Como o menino gênio se tornou uma profecia cumprida”.
E, nos Estados Unidos, enquanto o The Washington Post destaca que o jogador foi uma “estrela” do futebol e uma “lenda” “impenetrável”, o The New York Times evidencia que Maradona teve “um controle astuto e extravagante” em campo, enquanto levava uma vida pessoal “repleta de drogas e álcool”.
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