O fenômeno mundial da resistência antimicrobiana, tão perigoso quanto uma pandemia, ameaça destruir um século de progresso médico, alertou a Organização Mundial da Saúde (OMS) nesta sexta-feira (20).
A resistência aos antimicrobianos ocorre quando as bactérias, os vírus, os fungos e os parasitas são resistentes aos efeitos dos medicamentos, incluindo os antibióticos, o que dificulta o tratamento das infecções comuns e aumenta o risco de propagação de doenças, formas graves de infecção e morte.
Por conta da Semana Mundial dos Antimicrobianos (de 18 a 24 de novembro), a OMS, em colaboração com a Organização das Nações Unidas para a Agricultura e a Alimentação (FAO) e a Organização Mundial de Saúde Animal (OIE), lançou nesta sexta-feira um grupo de alto nível "encarregado de combater a crise que se acelera da resistência aos medicamentos".
Suas duas presidentes são a primeira-ministra do Bangladesh, Sheikh Hasina, e sua homóloga de Barbados, Mia Mottley.
Este grupo reunirá chefes de Estado, ministros e líderes de empresas e organizações da sociedade civil.
"A resistência aos antimicrobianos não parece tão urgente como uma pandemia, mas é igualmente perigosa", afirmou o chefe da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus, em uma coletiva de imprensa.
A resistência aos antimicrobianos é "uma das maiores ameaças para a saúde do nosso tempo" que "poderia destruir um século de progressos médicos e nos deixa indefesos diante de infecções que hoje podem ser tratadas facilmente", alertou.
Os antimicrobianos são armas essenciais para combater as doenças nos seres humanos, nos animais e nas plantas. Incluem antibióticos, antivirais, antifúngicos e antiparasitários.
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