"Confinamento", a medida restritiva adotada por vários governos ao redor do mundo para limitar a disseminação do novo coronavírus, foi eleita nesta terça-feira (9) a palavra do ano de 2020 pelo grupo que publica o dicionário de inglês Collins.
"Lockdown" (confinamento, em português) aparece em uma lista de dez palavras - várias delas relacionadas à pandemia - estabelecida pelos lexicógrafos de Collins, que estudam a evolução da língua inglesa.
O Collins registrou mais de 250 mil usos do termo em 2020, contra apenas 4 mil no ano passado.
"A língua reflete o mundo ao nosso redor e 2020 foi dominado pela pandemia global", disse Helen Newstead, consultora de conteúdo linguístico do Collins, em um comunicado.
"Escolhemos 'confinamento' como a palavra do ano porque resume uma experiência compartilhada por bilhões de pessoas que tiveram que restringir seu cotidiano para deter o vírus", acrescentou.
No Reino Unido, um dos países mais afetados pela pandemia na Europa, com mais de 49 mil mortes, os habitantes da Inglaterra estão novamente confinados desde 5 de novembro, por um mês, após terem vivido um primeiro confinamento decretado no final de março.
A lista inclui outros termos associados à pandemia, como o previsível "coronavirus", assim como "social distancing" (distanciamento social), "self-isolate" (auto-isolar), "key worker" (trabalhador essencial) e "furlough" (licença de trabalho, forçada ou permitida).
Também se destaca a sigla "BLM", que se refere a outro acontecimento do ano, as manifestações do movimento americano "Black Lives Matter" (Vidas Negras Importam) celebradas após a morte de George Floyd, um homem negro americano asfixiado sob o joelho de um policial branco, em Minneapolis, no final de maio.
As redes sociais, onde muitas vezes surgem palavras novas, permitiram incluir os termos "TikToker" (produtor de conteúdo na plataforma TikTok) e "mukbang", um fenômeno originário da Coreia do Sul que consiste em se filmar comendo grandes quantidades enquanto interage com seus seguidores.
O último item da lista é "Megxit", contração de "Meghan" e "exit" (saída), uma alusão ao Brexit para se referir à saída do Príncipe Harry e sua esposa Meghan da família real britânica, anunciada em janeiro.
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