O estado da Geórgia, onde o candidato democrata Joe Biden está na frente por diferença de 1.585 votos, anunciou que vai recontar as cédulas ao fim da apuração. Até o momento, 99% dos votos foram contabilizados e, percentualmente, os dois candidatos estão empatados com 49,4% dos votos, cada.
A decisão foi confirmada nesta sexta-feira (6/11) pelo governador Brian Kemp, peloo vice-governador Geoff Duncan e pelo presidente do conselho David Ralston — todos republicanos, assim como o presidente e candidato à reeleição Donald Trump. Segundo eles, há um clamor popular por um “processo transparente” e é preciso garantir que as eleições sejam “livres e justas”.
“Qualquer alegação de fraude intencional ou violação da lei eleitoral deve ser levada a sério e investigada”, comunicaram. Para eles, a recontagem se deve ao acirramento da disputa, que gerou uma margem muito pequena entre um candidato e outro, e não a alguma “irregularidade generalizada”.
Há ainda uma previsão de que cerca de 8 mil votos de militares cheguem aos locais de apuração. “Confiamos em que nosso secretário de Estado garantirá que a lei seja cumprida conforme redigida e que o resultado da eleição da Geórgia inclua todas as cédulas legalmente expressas — e apenas as cédulas legais”, disseram os políticos em entrevista coletiva.
Matemática
A Georgia, onde o democrata inverteu uma desvantagem na madrugada desta sexta, dá ao vencedor 16 delegados. Nesse caso, se Biden receber os votos acabarão as chances do atual presidente Donald Trump ganhar as eleições, restando a ele, no máximo, um empate. Entretanto, se o republicano acabar sendo declarado vencedor, a disputa segue em aberto, dependendo de votos em outros estados.
Outro estado decisivo, a Pensilvânia, onde o democrata também inverteu a tendência nas últimas horas, tem 98% das urnas apuradas e pode entregar a Biden 20 delegados que darão a ele a vitória no colegiado. Por lá, os republicanos também prometem judicializar o resultado.
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