Estados Unidos

Saiba mais sobre as ações que questionam apuração de votos nos EUA

Ao vislumbrar possibilidade de derrota em estados-chave, onde havia vencido em 2016, Trump respondeu falando em fraude no sistema eleitoral

Sarah Teófilo
postado em 05/11/2020 20:02 / atualizado em 05/11/2020 20:03
 (crédito: Brendan Smialowski / AFP)
(crédito: Brendan Smialowski / AFP)

Quando começou a sentir a derrota em estados-chaves onde havia vencido em 2016, como Wiscosin e Michigan, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, iniciou um reforço ao discurso de fraude eleitoral. Em pronunciamento ainda na madrugada da última quarta-feira (4/11), começou a pedir que se parasse a contagem de votos e disse que iria à Suprema Corte para impedir a “fraude”. No decorrer desta quinta-feira (5/11), continuou com o discurso de fraude e pedindo para que os votos não fossem mais contados.

Em seu Twitter, publicou que em todos os estados que levar vitória ao seu opositor, o democrata Joe Biden, serão legalmente contestados por ele por fraude eleitoral. "Muitas provas. Basta checar na mídia. Nós iremos ganhar. A América em primeiro lugar", escreveu.

A campanha de Trump anunciou que entraria com processos em Michigan, Pensilvânia, Geórgia, Wisconsin e Nevada. Em Michigan, pediu para que a contagem fosse interrompida e que tivesse mais acesso ao processo de apuração, mas o pedido foi negado. A equipe do presidente, segundo informações da Fox News, apresentou o depoimento de uma autoridade eleitoral que teria sido informada por um funcionário eleitoral sobre a instrução para alterar a data de recebimento de uma cédula, que estava atrasada em um dia.

Na Pensilvânia, o republicano teve uma pequena vitória, com autorização para que a campanha do presidente observe de perto a contagem dos votos. Apuração da Associated Press aponta que, com 88% dos votos apurados, Trump está vencendo com uma diferença de 90,6 mil votos.

No estado da Geórgia, onde a diferença entre os dois candidatos é de 0,2%, e falta apenas 1% dos votos a serem contados, o juiz não deu seguimento ao pedido da campanha do presidente. O questionamento foi protocolado na quarta-feira (4). Segundo informações da agência Bloomberg, o republicano alegava que diversos votos que chegaram atrasados estavam se misturando com outros encaminhados dentro do prazo. O juiz informou que não há evidência de que as cédulas foram recebidas após o horário determinado.

Em Nevada, estado que possui seis delegados, a campanha também ameaçou entrar com um processo alegando irregularidades.

Trump também ameaçou um processo em Wisconsin, solicitando uma recontagem dos votos. O jornal The New York Times informa que, conforme a lei do estado, uma recontagem pode ser pedida se a diferença entre os dois candidatos em primeiro lugar for de menos de 1%. O gerente da campanha do presidente, Bill Stepien, disse em um pronunciamento, no entanto, que "o presidente está dentro do limite para solicitar uma recontagem”. “E nós o faremos imediatamente", afirmou.

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