O ministro das Relações Exteriores da Áustria, Sebastian Kurz, chamou de "ataque terrorista repulsivo" uma série de tiroteios registrados em Viena nesta segunda-feira (2/11). Ao menos duas pessoas morreram, uma delas apontada como um dos autores do atentado. "Estamos experimentando horas difíceis na nossa República", acrescentou Kurz.
"Não nos deixaremos intimidar jamais pelo terrorismo e combateremos esses ataques com todos os nossos meios", escreveu o chanceler no Twitter, acrescentando que seus pensamentos estão com "as vítimas, os feridos e seus entes queridos".
Mais cedo, o ministro do Interior, Karl Nehammer, havia se referido à tragédia como "um aparente ataque terrorista". Depois dessa primeira manifestação do governo austríaco, a polícia atualizou a informação de que se tratou de mais de um tiroteio. Fontes ouvidas pela agência France Presse mencionaram seis episódios de tiros em diferentes pontos da cidade.
A polícia contabilizou ainda 15 feridos, um deles um policial, que está em estado grave. Investiga-se se a motivação dos criminosos — eram dois e um deles conseguiu fugir — era promover um atentado antissemita, uma vez que o primeiro ataque registrado ocorreu perto de uma importante sinagoga, no centro de Viena.
UE condena o "ataque terrível"
A União Europeia condenou "com força" o "ataque terrível", segundo um tuíte do presidente do Conselho Europeu, Charles Michel, referindo-se a "um ato covarde". "A Europa condena com força este ato covarde que viola a vida e nossos valores humanos. Meus pensamentos estão com as vítimas e os moradores de Viena, após o ataque terrível desta noite. Estamos ao lado da Áustria", escreveu Michel, que representa os 27 membros da UE.
O chefe da diplomacia europeia, Josp Borrel, se disse "chocado" no Twitter com estes ataques. É "um ato de covardia, violência e ódio". "Em todas as partes do nosso continente, estamos unidos contra a violência e o ódio", destacou pelo Twitter o presidente do Parlamento Europeu, o italiano David Sassoli.
"Não devemos ceder ao ódio, que busca dividir nossas sociedades", reagiu o ministério alemão das Relações Exteriores após os ataques. "Ainda que os alcance dos atos terroristas não tenha sido determinado ainda, nossos pensamentos estão com os feridos e as vítimas nestas horas difíceis", destacou no Twitter o ministério alemão, que lamentou as "notícias assustadoras e chocantes" provenientes de Viena.
"Nossos inimigos devem saber a quem enfrentam. Não cederemos em nada", disse o presidente francês, Emmanuel Macron. "Nós, franceses, compartilhamos a comoção e o pesar do povo austríaco (...) Depois da França, é um país amigo que é atacado. É a nossa Europa", acrescentou Macron.
Com informações da France Presse.
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