Os cidadãos irlandeses não poderão mais se visitar, e as regiões fronteiriças com a Irlanda do Norte estarão sob novas restrições drásticas para combater a propagação da pandemia, anunciou o primeiro-ministro Michael Martin nesta quarta-feira (14).
A medida entrará em vigor na quinta-feira à meia-noite, anunciou Martin em entrevista coletiva em Dublin. A partir dessa data, os irlandeses não poderão mais fazer visitas domiciliares, tanto dentro quanto fora, em todo o país, onde 1.835 pessoas já morreram de covid-19 desde o início da pandemia.
"Estamos passando por tempos muito difíceis e as coisas podem piorar antes de melhorar", alertou. Lojas não essenciais, assim como centros de lazer, piscinas e ginásios, permanecerão fechados nos condados fronteiriços de Donegal, Monaghan e Cavan, onde vivem cerca de 300.000 pessoas.
A população, com exceção dos "trabalhadores essenciais", deve "trabalhar em casa", acrescentou o primeiro-ministro.
Anteriormente, a Irlanda do Norte, pertencente ao Reino Unido, tinha anunciado as medidas mais restritivas impostas até à data no Reino Unido, em resposta a um "aumento muito preocupante do número de casos e hospitalizações", nas palavras da primeira-ministra Arlene Foster.
Os bares e restaurantes devem fechar a partir de sexta-feira, por um mês, as férias escolares se estenderão por duas semanas, as lojas não poderão vender bebidas alcoólicas a partir das 20h e reuniões com mais de 15 pessoas, exceto para eventos esportivos autorizado, serão proibidas.
Nesta quarta-feira, a Irlanda registrou um recorde de 1.095 novos casos em um dia.