Economia

China lidera pedido na ONU pelo fim de sanções unilaterais

Em nota lida pelo embaixador chinês na ONU, Zhang Jun, os Estados Unidos são acusados de violarem os direitos humanos

China, Rússia e cerca de vinte países pediram aos Estados Unidos e seus aliados ocidentais que parem de aplicar sanções unilaterais, pois elas tornam a luta contra a pandemia do coronavírus ainda mais difícil.

Em nota lida pelo embaixador chinês na ONU, Zhang Jun, os Estados Unidos são acusados de violarem os direitos humanos, de sistemática discriminação racial e de obstrução ao desenvolvimento dos países aos quais aplicam sanções econômicas.

"A resposta e a recuperação da covid-19 requerem solidariedade global e cooperação internacional", disseram os países no comunicado. "No entanto, continuamos a testemunhar a aplicação de medidas coercitivas unilaterais, que são contrárias aos propósitos e princípios da Carta das Nações Unidas e do Direito Internacional", acrescentaram.

"Aproveitamos esta oportunidade para pedir a suspensão completa e imediata das medidas coercivas unilaterais, para garantir uma resposta completa, eficaz e eficiente contra a covid-19 por todos os membros da comunidade internacional".

A declaração - que também foi assinada por Coreia do Norte, Irã, Nicarágua, Venezuela e outros países aos quais Washington aplica sanções - foi enviada à terceira comissão da Assembleia Geral da ONU, que trata de questões humanitárias e de direitos humanos.

Nos últimos quatro anos, os Estados Unidos e a União Europeia aumentaram o uso de sanções para punir países por seu comportamento.

Entre esses países estão a Rússia, por sua invasão da Crimeia, o Irã e a Coreia do Norte, por seus programas nucleares e a Venezuela pelos abusos do governo do presidente Nicolás Maduro. Medidas punitivas buscam excluir países ou suas entidades do sistema de comércio global e congelar ativos em certas jurisdições.