O Conselho Nacional Eleitoral (CNE) do Equador concedeu nesta quinta-feira prazo de dois dias para que uma coalizão de esquerda registre um novo candidato à vice-presidência, em substituição ao ex-presidente Rafael Correa, condenado a prisão por corrupção.
"Com base no relatório técnico e jurídico, o #PlenoCNE concede um prazo de dois dias para que a aliança UNES designe o substituto do pré-candidato à vice-presidência e corrija os requisitos do pré-candidato à presidência", escreveu no Twitter a presidente do CNE, Diana Atamaint.
A decisão foi tomada por três votos a favor, um contra e uma abstenção durante uma sessão do CNE.
Atamaint lembrou em um comunicado que o ex-presidente está "inabilitado de participar" por ter uma sentença executável por crime de suborno, o que implica a suspensão pelo resto da vida para atuar em cargos públicos.
O substituto de Correa (2007-2017) será o jornalista Carlos Rabascall.
A Aliança União pela Esperança (UNES) também deverá corrigir em 48 horas uma inconsistência no cartão de cidadania do candidato à presidência Andrés Arauz.
Correa mora na Bélgica e tem uma ordem de captura desde que a justiça equatoriana ratificou em última instância a condenação a oito anos de prisão por corrupção.
Rafael Correa foi julgado à revelia e condenado por suborno a favor de seu partido em troca de contratos com várias empresas durante seu governo.
O ex-presidente, 57 anos, alega inocência e afirma que é perseguido pelo governo do atual presidente Lenín Moreno, seu ex-vice-presidente e ex-aliado.
Correa foi vinculado ao caso por 6.000 dólares que entraram em sua conta bancária. Ele afirma que a quantia era de um empréstimo de um fundo de seu partido.