O presidente russo, Vladimir Putin, apostou nesta sexta-feira (16/10) no prolongamento por um ano do tratado de desarmamento nuclear russo-americano New START, três dias depois de os Estados Unidos proporem prorrogar este acordo bilateral que expira no início de 2021.
"Tenho uma proposta: que prolonguemos o acordo atual, sem condições, durante pelo menos um ano, para ter a possibilidade de manter negociações substanciais sobre diversos pontos", disse Putin.
Concluído em 2010, o tratado bilateral New Start mantém os arsenais dos dois países bem abaixo do nível da Guerra Fria, limitando o número de lançadores nucleares estratégicos a 700, e o número de ogivas nucleares, a 1.550.
Na terça-feira, o negociador americano Marshall Billingslea propôs a Moscou prorrogar o tratado "por um tempo", com a condição de que a Rússia concorde em "congelar" seu arsenal nuclear.
Esse congelamento foi considerado "inaceitável" pelo negociador russo, o vice-ministro das Relações Exteriores, Sergei Riabkov.
Nesta sexta-feira, Putin disse que seria "muito lamentável" se o tratado chegasse ao fim sem ser substituído e saudou um acordo que, segundo ele, tornou possível "limitar a corrida armamentista".
"Está claro que temos novos sistemas de armas que os americanos não têm, pelo menos por enquanto. Mas não nos recusamos a discutir esse aspecto da questão", frisou Putin.
De acordo com o último relatório do Instituto Internacional de Estocolmo para Pesquisas para a Paz (SIPRI), Rússia e Estados Unidos ainda possuem mais de 90% das armas nucleares do mundo.
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