A gigante americana do entretenimento Disney anunciou 28.000 demissões nesta terça-feira(29). Os cortes em parques de diversões, cruzeiros, eventos e produtos derivados se devem ao impacto da pandemia.
A decisão decorre dos "impactos prolongados da covid-19 em nossos negócios, incluindo a capacidade reduzida, ligados ao distanciamento social e incertezas sobre a duração da pandemia", explicou o grupo em nota.
Há incertezas "agravadas pela recusa da Califórnia em suspender as restrições que permitiriam a reabertura da Disneylândia", nos arredores de Los Angeles, acrescentou a empresa.
Na Flórida, em Orlando, o parque de diversões da empresa foi reaberto em julho com capacidade limitada. Dos 28.000 funcionários demitidos, 67% trabalhavam em meio período, disse a Disney, que em 31 de dezembro de 2019 empregava 223.000 pessoas.
Quando fechamos os parques de diversões, "esperávamos um rápido retorno à normalidade", disse Josh D'Amaro, presidente do setor de "parques, experiências e produtos", em uma carta aos funcionários. “Sete meses depois, constatamos que não foi possível”, resumiu.
Entre abril e junho, o faturamento dessas atividades caiu 85% em relação ao mesmo período do ano passado, para 983 milhões de dólares. “Há vários meses, nossa equipe de recursos humanos tem trabalhado incansavelmente para não nos separar da equipe”, acrescentou D'Amaro.
“Cortamos despesas, suspendemos projetos importantes, paralisamos atores e tornamos nossas operações mais eficientes, mas não podemos manter todos os nossos funcionários operando com capacidades tão limitadas”, concluiu.