Oito pessoas estão detidas sob custódia policial na manhã deste domingo (27) em meio à investigação sobre o ataque com faca ocorrido na sexta-feira em Paris, que tinha como objetivo a ex-sede do semanário satírico Charlie Hebdo, provocando dois feridos graves, informou uma fonte judicial à AFP.
No sábado à tarde, foi detido um "ex co-inquilino" em Cergy (departamento de Val d'Oise, norte de Paris) do principal suspeito, que se apresenta como Hassan A., paquistanês de 18 anos.
Os oito que estão sob custódia policial são: quem se identifica como Hassan A., cinco ex-co-inquilinos de seu apartamento em Pantin (ao norte de Paris), seu irmão mais novo e uma conhecida.
Na noite de sexta-feira, um homem à princípio considerado suspeito e colocado sob custódia policial, "Youssef", argelino de 33 anos, foi solto. O homem, um "herói" segundo seu advogado, na verdade tentou deter o atacante com uma faca, o que depois corroborou a investigação.
O principal suspeito do ataque em frente às ex-instalações do Charlie Hebdo, "assumiu sua responsabilidade" no ato neste sábado, admitindo que mirou no semanário que recentemente voltou a publicar caricaturas do profeta Maomé, segundo fontes próximas à investigação.
Este jovem, nascido no Paquistão, acreditava que os locais atacados ainda pertenciam ao Charlie Hebdo, segundo as mesmas fontes.
A redação do Charlie Hebdo, que foi transferida para um local secreto há quatro anos, tem sido alvo de novas ameaças desde que este semanário satírico voltou a publicar as caricaturas de Maomé, em 2 de setembro, com motivo da abertura do julgamento dos cúmplices dos autores do sangrento atentado em 2015.