Os países membros da Liga Árabe não alcançaram um acordo na quarta-feira à noite sobre uma resolução conjunta sobre o controverso acordo de normalização das relações entre Israel e os Emirados Árabes Unidos.
"A reunião foi um momento de diálogo sério e profundo que levou seu tempo, mas que não alcançou um consenso sobre um projeto de resolução proposto pelos palestinos", afirmou Hossam Zaki, vice-secretário-geral da Liga Árabe, após a reunião por videoconferência.
O ministro palestino das Relações Exteriores, Riyad Al-Maliki, pediu aos colegas árabes que rejeitassem o acordo. "Em caso contrário, nossa reunião será considerada um cheque em branco ou uma capa, algo que o Estado palestino não vai aceitar", disse.
Em 13 de agosto foi anunciado de maneira inesperada um acordo entre Israel e os Emirados, com mediação de Washington, para normalizar as relações. O pacto vai favorecer o comércio bilateral em setores como turismo, agricultura e tecnologia.
Os palestinos acusaram os Emirados de traição e violação do consenso árabe, que considera a resolução do conflito israelense-palestino uma condição prévia indispensável para qualquer acordo com Israel.
EAU se tornou o terceiro país árabe a estabelecer relações oficiais com Israel, após os acordos de paz com Egito (1979) e Jordânia (1994).