Caso Navalny

Rússia denuncia 'campanha de desinformação' no caso Navalny para impor sanções

Navalny, o principal opositor ao Kremlin, está hospitalizado em Berlim depois de ser envenenado

A Rússia denunciou nesta quarta-feira (9/9) uma "campanha de desinformação" com o objetivo de impor novas sanções ao país, um dia depois de um pedido dos países do G7 para que os autores do envenenamento do opositor Alexei Navalny sejam investigados e processados com "urgência".

"A grande campanha de desinformação em curso é a prova evidente de que seus iniciadores não se preocupam com a saúde de Navalny e buscam uma mobilização para impor sanções", afirmou a diplomacia russa em um comunicado.

Os ministros das Relações Exteriores da Alemanha, Canadá, Estados Unidos, França, Itália, Japão e Reino Unido afirmaram na terça-feira em um comunicado que estão "unidos na condenação, nos termos mais fortes, do envenenamento confirmado" de Navalny. A União Europeia (UE) mencionou possíveis sanções.

Navalny, de 44 anos e principal opositor ao Kremlin, está hospitalizado em Berlim depois de uma transferência da Sibéria, na Rússia. De acordo com o governo alemão, as análises de um laboratório mostram que ele foi envenenado com um agente neurotóxico do tipo Novichok.

"Continuamos pedindo com insistência que a Alemanha entregue a informação sobre o exame médico de Navalny, incluindo os resultados das análises bioquímicas", afirma o comunicado divulgado pela diplomacia russa, que denuncia "ataques infundados contra" Moscou.

"Lamentavelmente, a parte alemã está freando o processo. A histeria a respeito do assunto não para de aumentar", completa a nota oficial.