O líder norte-coreano, Kim Jong Un, ordenou a 12 mil membros de seu partido em Pyongyang que ajudassem duas províncias rurais a se recuperarem dos danos causados por um violento tufão, informou neste domingo (6) a agência oficial KCNA.
A península coreana se prepara para a chegada de um novo furacão, enquanto o litoral leste do país registrou inundações e danos significativos devido às chuvas torrenciais que acompanharam a passagem do violento tufão Maysak no início da semana, além de outras tempestades.
Os desastres naturais tendem a causar mais danos na Coreia do Norte do que na Coreia do Sul, principalmente por causa da fragilidade da infraestrutura norte-coreana. O país também é muito vulnerável a enchentes devido ao desmatamento.
Mais de mil casas foram destruídas pelo tufão Maysak e vários edifícios públicos e fazendas foram inundados nas províncias de Hamgyong do Norte e do Sul, de acordo com a KCNA. No sábado, o líder visitou a área para verificar os danos e organizou uma reunião sobre as operações de resgate, disse a mesma fonte.
Além disso, ele demitiu o presidente do comitê do partido da província de Hamgyong do Sul, de acordo com a KCNA. Em fotos publicadas neste domingo pelo jornal do partido no poder, Rodong Sinmun, o líder norte-coreano aparece discutindo a situação com outras autoridades, em frente a casas destruídas e árvores derrubadas.
Em uma carta aberta manuscrita dirigida a membros do Partido do Trabalho, o líder anunciou que cerca de 12.000 membros, residentes em Pyongyang, serão enviados a essas duas províncias. Sua missão será participar das operações para ajudar a região a se recuperar dos danos. Ele fixou como prazo o dia 10 de outubro, dia do 75º aniversário da fundação do partido no poder.
"Não podemos permitir que os habitantes das províncias de Hamgyong do Sul e do Norte, que acabam de sofrer tantos danos, celebrem este dia de aniversário sem um teto", escreveu Kim Jong Un. Kim descreveu a situação como "urgente" e que precisava ser "administrada sem esperar um só momento".
O jornal não especificou o número de feridos, falecidos ou desaparecidos. Em 2016, pelo menos 138 norte-coreanos morreram durante enchentes causadas por chuvas torrenciais, de acordo com as Nações Unidas.