Miami, Estados Unidos - O furacão Sally se aproximava, nesta terça-feira (15), da costa do Golfo do México dos Estados Unidos, ameaçando com inundações mortais repentinas os estados do Alabama e Mississipi, apesar de ter sido rebaixado para categoria 1.
O Centro Nacional de Furacões (NHC) informou que o furacão poderia tocar terra na última hora desta terça-feira e avançava com ventos máximos sustentados por volta de 130 km por hora. "É possível que Sally produza inundações repentinas potencialmente mortais até quarta-feira", alertou o centro com sede em Miami. Em algumas áreas, o fenômeno poderia descarregar até 50 centímetros de chuvas.
Às 18h00 de Brasília, Sally estava 137 km ao sul de Mobile, no Alabama, e avançava rumo ao Golfo do México a 3,2 km/h.
Sally, que se formou no sul da Flórida, onde produziu chuvas intensas no fim de semana, é um dos cinco ciclones atualmente ativos no Atlântico, um fenômeno registrado apenas uma vez antes, em setembro de 1971, segundo os meteorologistas.
A governadora do Alabama, Kay Ivey, explicou aos residentes do estado que, embora o furacão tenha perdido um pouco de força, "não se pode achar a salvo". "Veremos inundações recordes que talvez superem níveis históricos. E com essa maior quantidade de água, virão maiores riscos de perdas de vidas e propriedades", disse a governadora.
O presidente Donald Trump comparou, em declarações ao canal Fox, Sally com o furacão Laura, que atingiu o Texas e Louisiana, assim como o Caribe, há apenas algumas semanas. "Este é menor mas um pouco mais direto, mas temos tudo sob controle", afirmou. "Estamos vigiando muito rigorosamente".
Ele também disse no Twitter que "minha equipe e eu estamos monitorando o extremamente perigoso furacão Sally". "Estamos em contato direto com os Líderes Estaduais & Locais para ajudar as grandes cidades do Alabama, Louisiana e Mississipi", acrescentou, pedindo às pessoas que vivem no caminho do furacão que atendam às autoridades.
"Mantenham-se a salvo"
Alabama e Mississipi também declararam estado de emergência. Tate Reeves, governador do Mississipi, afirmou que espera que o furacão Sally toque terra perto de Biloxi às 02h00 locais (03h00 em Brasília) de quarta-feira.
"As projeções de ondas ciclônicas continuam preocupantes, com tempestades costeiras entre cinco e oito pés (1,5 a 2,4 metros)", escreveu Reeves. "Continuamos muito preocupados com a quantidade de chuva", acrescentou, destacando que algumas áreas podem receber até 50 centímetros.
O governador de Louisiana, John Bel Edwards, cujo estado ainda não se recuperou do impacto do furacão Laura de categoria 4, pediu aos moradores que estejam preparados. "Sejam inteligentes e mantenham-se a salvo", tuitou.
O NHC, no entanto, prevê que Sally fará uma curva para o norte, afastando-se do sudeste de Louisiana, para tocar terra ao longo da costa sul dos vizinhos Mississipi e Alabama.
Sem nomes
Foram tantas as tempestades tropicais no Atlântico este ano que a Organização Meteorológica Mundial da ONU, responsável por nomeá-las, está prestes a ficar sem nomes pela segunda vez na história. A última vez foi em 2005, ano em que o furacão Katrina devastou Nova Orleans.
Os outros são o furacão Paulette, as tempestades tropicais Teddy e Vicky e a depressão tropical Rene. Paulette chegou na ilha das Bermudas na segunda-feira com ventos de categoria 2 e fortes chuvas, segundo o NHC. Desse modo, o centro espera que Teddy se torne furacão nesta terça-feira.
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