Policiais da ONU protegem desde quarta-feira (9/9) a clínica Panzi em Bukavu, na República Democrática do Congo (RDC), dirigida por Denis Mukwege, ganhador do Prêmio Nobel da Paz, após ameaças sofridas pelo médico em seu país.
A clínica Panzi trata mulheres que sofreram violência sexual na província de Kivu do Sul, no leste da RDC, e também se tornou a residência do famoso ginecologista, após um ataque fracassado contra ele em sua casa em 2012.
“Damos as boas-vindas ao destacamento das forças de Monusco (Missão da ONU na RDC) em Panzi desde esta manhã para garantir a segurança dos pacientes e funcionários”, disse Mukwege, co-vencedor do Prêmio Nobel da Paz em 2018.
Policiais da ONU pararam de monitorar a clínica em maio devido à pandemia de coronavírus, de acordo com uma porta-voz do médico.
Em 31 de julho, Mukwege denunciou novas ameaças contra ele e seus familiares no Twitter, após denunciar um massacre de civis na província dias antes.
"O governo da RDC e a ONU devem tomar medidas urgentes e concretas para proteger Denis Mukwege", pediu a Amnistia Internacional nestes dias.
No final de agosto, a alta comissária da ONU para os direitos humanos, Michelle Bachelet, pediu à República Democrática do Congo uma "ação rápida" para levar à justiça os autores das ameaças de morte contra o Nobel da Paz.
Na terça-feira, Stephane Dujarric, porta-voz do secretário-geral da ONU, Antonio Guterres, garantiu que cabe às autoridades congolesas garantir a segurança de seus cidadãos, mas explicou que “a missão de paz dá todo o apoio possível dentro de suas limitações."
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