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Donald Trump é indicado ao prêmio Nobel da Paz, diz canal de notícias

De acordo com a reportagem, a indicação foi feita pelo parlamentar norueguês Christian Tybring-Gjedde, que também atua como presidente da delegação norueguesa na Otan

Agência Estado
postado em 09/09/2020 08:26 / atualizado em 09/09/2020 08:26
 (crédito: Joe Raedle/Getty Images/AFP)
(crédito: Joe Raedle/Getty Images/AFP)
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, foi indicado ao Prêmio Nobel da Paz, anunciou nesta quarta-feira (9/9), o site do canal de notícias americano Fox News. De acordo com a reportagem, a indicação de Trump foi feita pelo parlamentar norueguês Christian Tybring-Gjedde, que também atua como presidente da delegação norueguesa na Assembleia Parlamentar da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan).
Em entrevista a Fox News, o norueguês destacou o papel do presidente norte-americano para consolidação do acordo entre Emirados Árabes Unidos e Israel. "Por seu mérito, acho que ele fez mais tentando criar a paz entre as nações do que a maioria dos outros indicados ao Prêmio da Paz", disse Tybring-Gjedde.
Ainda de acordo com a rede americana, a carta de indicação enviada pelo parlamentar ao comitê do Nobel aponta o acordo Israel-Emirados Árabes como um possível "momento de virada" nas relações do Oriente Médio, criando cooperação e prosperidade para a região. Outros pontos destacados por ele foram a retirada de tropas, por Trump, do Oriente Médio, e a mediação de conflitos internacionais, como nas disputas entre Índia e Paquistão pela Caxemira e entre Coreia do Norte e Coreia do Sul.
Na entrevista, Tybring-Gjedde disse não ser um apoiador de Trump, apesar de tê-lo indicado anteriormente ao prêmio de 2018. No entanto, assim como o presidente americano, o parlamentar norueguês é ferozmente contra a imigração e uma vez comparou o hijab a roupas usadas pelos nazistas e pela Ku Klux Klan. Em 2006, ele também indicou o cineasta crítico islâmico Ayaan Hirsi Ali, que não ganhou o prêmio.

Como é a escolha do Nobel da Paz

Em setembro, o Comitê do Nobel envia cartas convidando indivíduos considerados qualificados (ativistas, políticos, filósofos, entre outros) a nomear seus candidatos favoritos ao prêmio. Fevereiro é o prazo final para nomeações. Qualquer indicação que chegar após o dia 1º de março será incluída apenas na competição do ano seguinte, de modo que a indicação de Trump por Tybring-Gjedde é válida para o prêmio de 2021.
Até março, o Comitê do Nobel recebe cerca de 200 indicações a cada ano - o número de cartas é ainda maior, uma vez que muitas delas recomendam o mesmo candidato.
No intervalo entre fevereiro e março, o grupo seleciona alguns desses nomes para compor uma lista curta. Até agosto, um grupo de conselheiros fixos e especiais - ou seja, que conhecem profundamente a história de determinados candidatos - analisa os pré-selecionados. Em outubro, a lista é submetida ao voto do Comitê do Nobel, que escolhe o vencedor por maioria de votos. O nome do eleito é divulgado.
O laureado recebe seu prêmio na Cerimônia do Prêmio Nobel da Paz, em 10 de dezembro, em Oslo, na Noruega. A premiação consiste em uma medalha, um diploma e um documento confirmando o valor da recompensa em dinheiro - que pode variar, mas gira em torno de 10 milhões de coroas suecas (mais de 6,9 milhões de reais).
O prêmio Nobel da Paz é concedido, desde 1901, anualmente, a homens, mulheres e organizações que trabalharam para o progresso da humanidade. Alguns nomes polêmicos já integraram a lista de indicados ao Nobel da Paz. Adolf Hitler, Benito Mussolini e Josef Stalin já estiveram entre os indicados, cada um em um contexto específico - a indicação do líder nazista, por exemplo, é considerada até hoje uma "indicação de protesto". A Fifa e o astro pop Michael Jackson também já foram cotados.
 

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